A tentativa da ala do PMDB anti-Dilma de derrubar da liderança da bancada o deputado Leonardo Picciani (RJ) inclui um objetivo maior: colocar no cargo um aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
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Câmara elege chapa da oposição para a comissão do impeachment
No documento em que são recolhidas as assinaturas dos parlamentares, o texto diz que está sendo dado apoio ao deputado Leonardo Quintão (MG) para a liderança do PMDB, em sucessão a Picciani.
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Até agora, os deputados defensores da queda de Picciani diziam que o objetivo era apenas derrubá-lo por ser “muito governista”. Com dois ministérios em sua cota (Saúde e Ciência e Tecnologia), Picciani tentou indicar somente aliados do Planalto para a comissão de impeachment de Dilma Rousseff. A partir disso, uma rebelião foi organizada no PMDB e em outros partidos, que montaram uma chapa alternativa que saiu vitoriosa e terá maioria no colegiado.
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O deputado José Fogaça (PMDB-RS) disse que não irá assinar o documento porque discorda da indicação de Quintão para a liderança. O mineiro é considerado um dos mais próximos de Cunha.
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A bancada do PMDB conta com 66 deputados, e há intensa disputa de votos. A derrota da chapa governista, com articulação de Picciani, enfraquece o atual líder.
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Os peemedebistas anti-Dilma esperam que o vice-presidente Michel Temer entre em campo para influenciar a bancada e garantir a saída de Picciani.
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