Cada vez mais a ala das passistas ganha espaço nas escolas de samba. Não apenas pelo número de componentes – 40, 50, ou mais do que isso -, mas pela importância que tem. Funciona, ou deveria funcionar, como uma espécie de laboratório.

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Dali saem muitas meninas, especialmente, que mais tarde fazem parte da corte como princesas e rainhas. Incontáveis são aquelas que viram cidadã-samba. Ser passista é um conjunto gestual. Não basta apenas ter samba no pé, é preciso ter graça e sensualidade.

Passista é símbolo da alegria que envolve o Carnaval, potencializa o significado do samba. Nem sempre percebidas pelo público, causam encantamento quando descobertas. São ao mesmo tempo estrelas e coadjuvantes.

Tradicionalmente, elas foram chamadas de cabrochas. Eles, os homens, de bambas. Diferentemente de algumas outras funções nas escolas, a passista nem sempre é paga. No máximo, ganha a fantasia. Com sorte, quando integram o grupo show, consegue uma remuneração. Mas isso é raro.

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Muita dedicação, apesar de estar no sangue

Historicamente se entendeu que “o passista nasce feito”, “que está no sangue”, “que é DNA”. Ninguém assegura mais isso.

Assim como em outras atividades, o aprendizado, a dedicação e o acúmulo de experiência mostram que as academias de dança de todo o Brasil contribuem para formar novos passistas.

O passista, na atualidade, é uma das poucas figuras da escola que ainda se define pelo “samba no pé”.

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Nesta reportagem, cinco passistas falam do trabalho que realizam à frente das suas escolas. Todas participam dos ensaios para, na noite de 18 de fevereiro, tornarem mais bonito o espetáculo das escolas que estarão na Nego Quirido.

A íntegra desta reportagem está disponível apenas para assinantes.