O presidente sírio, Bashar al-Assad, declarou neste domingo sua determinação em arrasar “a qualquer preço o complô” em andamento na Síria. Já dura 17 meses a explosão da revolta contra seu regime, acusado pela oposição que ter realizado uma chacina perto de Damasco.
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Al-Assad apareceu pela primeira vez desde julho e se mostrou mais decidido do que nunca em acabar com o que definiu como “complô estrangeiro” contra seu país.
– O povo sírio não permitirá que essa conspiração atinja seus objetivos. O que está acontecendo agora não é dirigido apenas à Síria, mas à toda região. A Síria prosseguirá com sua estratégia de resistência (…), apesar da colaboração entre os países ocidentais e alguns Estados da região para que mude de posição – disse o presidente sírio ao receber um enviado do Irã em Damasco.
Desde o início da revolta, o regime de Assad acusa aos rebeldes que combatem o exército sírio de ser “bandos terroristas armados” e a Arábia Saudita, Catar e Turquia de financiá-los e armá-los para semear o caos no país. O cenário de violência também se intensifica no país, e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) acusou o regime de ter realizado uma matança depois da descoberta de centenas de corpos em uma pequena cidade próxima a Damasco.
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Cento e oitenta e três pessoas morreram no sábado, na Síria, sendo que pelo menos 34 em Daraya, perto de Damasco, denunciou neste domingo o . O balanço do OSDH é impossível de ser confirmado por fontes independentes pelas restrições impostas pelas autoridades sírias à imprensa.
Na madrugada de domingo, o OSDH informou a descoberta de dezenas de corpos não identificados na localidade de Daraya, na região de Damasco. As descobertas macabras deste tipo, geralmente corpos de vítimas de execuções sumárias, se multiplicam na Síria nas últimas semanas.
Desde o começo da revolta contra o presidente Bashar al Assad, em março de 2011, a violência deixou 25.000 mortos, segundo o OSDH, e mais de 200 mil sírios fugiram para países vizinhos, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
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