O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou hoje que a correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) dependerá de um acordo com as centrais sindicais, no qual os trabalhadores aceitariam definir uma fórmula de valorização do salário mínimo até 2015. Mantega disse que o governo quer repetir o acordo que foi assinado em 2007.

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– Só podemos concordar com o reajuste da tabela se houver um critério de reajuste no salário mínimo – afirmou.

Mantega, no entanto, destacou que não está mais em negociação o valor do mínimo para este ano, que é de R$ 545,00. O ministro informou que o governo teria uma renúncia fiscal de R$ 2,2 bilhões se houver o reajuste da tabela do Imposto de Renda. Esse impacto seria para todo o ano. Mantega destacou que, caso o acordo só seja fechado em março ou abril, será preciso analisar a viabilidade de mexer na tabela com o ano fiscal em curso.

– Mas isto é secundário – afirmou.

O ministro admitiu, no entanto, que o governo teria que fazer novas acomodações no Orçamento para adequá-lo à perda de receita que haveria com o reajuste da tabela do IR.

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