A Ajorpeme está em busca de terreno de 4 mil m² a 7 mil m² para construir uma nova sede, preferencialmente em Joinville. O local deve ficar no raio que vai dos bairros Santo Antonio, ao Norte, até o Anita Garibaldi, ao Sul do município. Este será um dos desafios de Rosicler Dedekind, empresária do ramo hoteleiro, que vai tomar posse como presidente da entidade no dia 23 de janeiro.

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Graduada em educação física pela Univille, Rosicler trabalhou em uma distribuidora de mercadorias da Unilever por 25 anos. Há sete anos, ocupa o cargo de gerente comercial do Colon Palace Hotel. Prestes a assumir a entidade, que tem 2,2 mil associados e é a maior do gênero no País, ela lembra que um dos grandes desafios das empresas é crescer em seus atuais endereços, já que a maioria ocupa espaços residenciais.

Para ajudar a resolver o problema, uma comissão interna da Ajorpeme estuda a criação de um parque empresarial destinado a micro, pequenas e médias empresas. Mas ainda não há muitas definições sobre o tema.

– Já não estabelecemos mais prazos para evitar a especulação – diz a futura presidente.

POSSE

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A posse no comando da Ajorpeme será no dia 23 de janeiro. O mandato é por um ano. A entidade tem 2,2 mil associados. É a maior do gênero no País, possivelmente da América Latina. Isso mostra a força do associatvismo local.

POR SETORES

Empresas do setor de serviços predominam no conjunto das filiadas à entidade empresarial. Mais da metade (53%) são de diferentes segmentos de prestadores de serviços. O comércio representa 28%, seguido da indústria, com 15%. Os profissionais liberais são 4% do total.

DEMANDAS

Os associados procuram a Ajorpeme para facilitar a realização de negócios. Também se interessam por convênios oferecidos. Outros dois fatores para o ingresso de companhias na associação são a necessidade de capacitação de mão-de-obra e a defesa dos interesses comuns junto a governos de quaisquer níveis.

CONQUISTAS

– Temos um papel importante no cenário local e estadual. Uma das conquistas foi a implementação do Programa Atender, da Prefeitura de Joinville, que reduz o tempo para uma empresa abrir seu negócio. Estamos na segunda fase dessa iniciativa. Em vários casos, já se baixou para sete dias o prazo. Agora é hora de o poder público fazer os ajustes internos para o Atender ficar adequado.

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NOVA SEDE

– Estamos à procura de um novo local para a sede da Ajorpeme. São necessários de 4 mil a 7 mil m² de área. Procuramos num raio que compreende as regiões entre os bairros Santo Antonio, ao Norte, e Anita Garibaldi, ao Sul da cidade. A intenção é comprarmos o terreno em 2014, sim.

PARQUE EMPRESARIAL

– Uma comissão interna da Ajorpeme está cuidando da possibilidade de se criar um parque empresarial destinado a micro, pequenas e médias empresas. Já não estabelecemos mais prazos para evitar a especulação. A ideia continua de pé. Se for viabilizado, ainda precisamos verificar se é mais conveniente montar vários parques menores espalhados ou se um só, bem grande. É assunto que já vem de sete anos.

ARAQUARI

– Não conseguimos construir o condomínio empresarial no bairro Paranaguamirim, no Sul de Joinville, por razões de legislação ambiental. Preferencialmente, queremos instalar o parque empresarial em Joinville. Mas, se Araquari é uma possibilidade? Não digo nem que sim, nem que não. Há áreas em análise.

IMPEDIMENTO

– Há dificuldades para muitas associadas crescerem em seus endereços atuais. Não podem mais se expandir justamente porque estão em meio a espaços residenciais. Este é um desafio enorme. Por isso, há companhias ligadas a Ajorpeme saindo de Joinville e se instalando em municípios vizinhos, como Araquari e Garuva.

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LOT

Em relação à lei de ordenamento territorial (LOT), acredito ser preciso garantir a expansão da cidade, mas não ao custo do espaço rural. Já me espanta ver 2 mil pessoas ocupando prédios no Vila Nova, em meio a arrozal. É necessário assegurar infraestrutura, com escolas, hospital e garantir planejamento ordenado dos bairros. As áreas de mananciais devem ser preservadas.

BUROCRACIA

O governo precisa pensar no simples e não em soluções complicadas. Um exemplo: obter documentos junto à Prefeitura, Estado e União deveria ser algo rápido, online.

IMPOSTOS

– Somos completamente contrários a qualquer aumento de impostos. Os pequenos já sofrem com carga tributária elevada, igual à dos grandes. Ainda queremos estudo mais fundamentado por parte da Prefeitura para o projeto que aumenta o ISS em Joinville. Vamos, sim, agir na Câmara de contra a iniciativa.

REPRESENTATIVIDADE

– Joinville tem de ter mais representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara de Deputados. Vamos atuar no começo de 2014 com as outras entidades empresariais (Acij, CDL e Acomac) para que os milhares de moradores de Joinville, que ainda têm seus títulos de eleitor em outras cidades, transfiram o domicílio para cá.

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MÂO DE OBRA

– A falta de mão de obra qualificada é um grande problema. E não falo só de qualidade, não. Problema tão ou mais sério é encontrar pessoas comprometidas, com vontade de trabalhar. As pessoas não querem mais trabalhar nos fins de semana. Nem salário diferenciado resolve.

GOVERNO UDO

O primeiro ano (do governo Udo Döhler) foi complicado. Percebo que as coisas estão lentas. Mas tudo tem o seu tempo. Temos grandes expectativas a partir de 2014. Sou otimista, mas sei que não é fácil dominar uma máquina pública dessa dimensão.