A fabricante Airbus disse à Justiça, nesta segunda-feira, que os dois pilotos, a TAM e as condições do aeroporto de Congonhas foram os responsáveis pelo acidente que deixou 199 mortos em 17 de julho de 2007, informou nesta segunda-feira o jornal Folha de S. Paulo.

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É a primeira vez que a fabricante do avião atribui culpa a alguma das partes envolvidas. A TAM é a maior cliente da Airbus na América Latina. De acordo com o jornal, as declarações estão em processo cível a que a Airbus responde na Justiça. A ação foi movida pela Itaú Seguros, seguradora da TAM, que arcou com as indenizações movidas contra a companhia aérea em razão da tragédia.

Ainda segundo o jornal Folha de S. Paulo, a Airbus alega como defesa no processo que o comandante Kleyber Aguiar Lima e o copiloto Henrique Stefanini Di Sacco, mortos no acidente, seriam os principais culpados. A TAM e a Infraero – que administra o aeroporto de Congonhas – teriam contribuído para que o desastre ocorresse.

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A fabricante alega que os pilotos não teriam utilizado o procedimento correto para um avião com um reversor inoperante, como era o caso. A defesa da Airbus afirma que o comandante Lima colocou um dos manetes em posição errada, a de aceleração, o que fez o avião não parar logo depois de pousar. Esta conclusão foi a mesma que a Polícia Federal chegou, segundo um relatório divulgado em 2009.

A Aeronáutica, que investigou o acidente, não tem provas contra nenhuma das partes envolvidas. Duas hipóteses foram elencadas: erro dos pilotos ou do projeto da aeronave.

Airbus, TAM, Infaero e Itaú não quiseram se manifestar sobre o processo, segundo a Folha. A Infraero se resumiu a dizer que a pista de Congonhas estava em boas condições.

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* Zero Hora