O Avaí entrou em campo no sábado, diante do Tupi, com quatro jogadores no meio de campo. É uma mudança significativa de concepção do técnico Silas para o time. E a tendência é tornar a equipe mais competitiva, com mais equilíbrio entre marcação e criação. Acontece que, agora, ainda vai levar algum tempo para acertar e este acerto terá que vir nos jogos, que seguem sendo um em cima do outro, com as rodadas seguidas e implacáveis.

Continua depois da publicidade

Silas ainda vai pagar um preço, e por consequência o Avaí, pela insistência de uma formação com quatro atacantes, que estava errada. O Avaí até surpreendeu com aquela formação e os resultados que teve. Que vieram muito em função da qualidade de três jogadores: o goleiro Renan e os meias Lucas de Sá e Jajá. Mas diz o ditado que “antes tarde do que nunca”. Então méritos a Silas que começou a ver diferente e está tentando a mudança.

Pressão do resultado

O que pode atrapalhar mais, além de todas as dificuldades de encaixar o time, é a pressão adicional que existe, neste momento, com a exigência que a tabela impõe do resultado diante do Vila Nova. O Avaí precisa vencer. Não pode mais adiar. Ainda mais com a projeção de um jogo seguinte diante do líder Vasco da Gama, um adversário muito mais complicado de ser batido – o campeonato mostra isto. Então a pressão vai ser enorme e o time tem que saber lidar com isto na partida desta terça.

O papel de Ferrugem

Continua depois da publicidade

Todo time tem que ter pelo menos um jogador mais dinâmico no meio de campo. É aquele jogador que facilita as coisas para os companheiros e consequentemente para o time. Ferrugem não é craque, mas é este jogador no meio de campo do Figueirense. É o papel que era desempenhado por Fabinho no ano passado e por Paulo Roberto no ano anterior. Quando Ferrugem não está, o Figueirense perde em intensidade, movimentação e dinâmica. Foi assim no jogo do último domingo, contra o Coritiba. Eutrópio escalou Caucaia pra fazer este papel e o fez errado. Caucaia é lento e não sabe o que fazer quando sai do papel de defensor para armador. O Figueirense vai precisar encontrar uma alternativa a Ferrugem. Se João Vítor, que está na Ponte Preta, tivesse ficado para este ano, faria bela dupla com ele. Renato e Yago poderiam ser opções com dinâmica melhor, mas precisam ser trabalhados ali. Menos mal que contra o líder, o Palmeiras, na quinta-feira, Ferrugem está de volta.