A tradição milenar de pisar uvas para fazer vinho remonta aos primórdios da produção vinícola e é bastante tradicional no processo produtivo. As imagens evocam romantismo e nostalgia, mas será que essa prática ainda é utilizada no mundo moderno?
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Pensando na importância desse tema, neste conteúdo vamos desvendar essa questão com mais detalhes e destacaremos os prós e contras desse método. Acompanhe a seguir.
Ainda pisa na uva para fazer vinho?
Em geral, utiliza-se pouco a pisa da uva para fazer vinho. Isso acontece por causa da duração, pois o processo pode durar até 8 horas. Por outro lado, o processo mecânico na produção do vinho pode ser feito em até 10 minutos.
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No entanto, algumas vinícolas ainda usam a pisa como maneira de macerar a uva. Alguns produtores continuam com a prática porque acreditam que o vinho oriundo de uvas pisadas tem melhor qualidade.
Sobre esse tema, vale destacar ainda que a pisa a pé proporciona a suave extração dos compostos do bago, proporcionando vinhos abertos, cheios e estruturados.
Qual o papel cultural da prática?
Apesar de os métodos tecnológicos de esmagamento terem dominado o processo produtivo da bebida, a pisa da uva é uma tradição mantida em algumas vinícolas, principalmente as de pequeno porte. Entre alguns dos locais que mantêm a prática estão Bento Gonçalves-RS e Alentejo, em Portugal.
Inclusive, algumas vinícolas oferecem a oportunidade de as pessoas participarem desse ritual. Nessa experiência, os apreciadores têm a oportunidade de sentir a uva e aprender sobre o processo de fabricação do vinho. Trata-se de uma maneira divertida e íntima para se conectar com o processo tradicional de produção da bebida.
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Dessa maneira, pode-se dizer que a prática tem um relevante papel cultural. Ela proporciona a manutenção das tradições da produção do vinho, ajuda a relembrar a história da bebida e ajuda os amantes do vinho a se conectarem ainda mais com o vinho, contribuindo para gerar identificação com a bebida.