Um pouco mais de três anos desde o início da pandemia o vírus da Covid-19 continua circulando e a vacinação se torna cada dia mais importante. Entretanto, de acordo com dados do Ministério da Saúde, Santa Catarina chegou a apenas 13% da cobertura vacinal da dose de reforço contra o Coronavírus.
Continua depois da publicidade
Siga as notícias do NSC Total pelo Google Notícias
De acordo com Alexandra Boing, médica epidemiologista da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Covid-19 continua sendo um problema de saúde pública e cuidados contra a doença continuam sendo necessários.
— É preciso ainda destacar a importância da vacinação e o uso de máscara em ambientes fechados. A gente precisa ainda manter cuidados para gente conseguir se proteger desse vírus – destaca a médica.
Continua depois da publicidade
Tire suas dúvidas sobre os próximos passos da vacinação contra a Covid-19:
- Quem precisa ainda se vacinar?
Todas as pessoas a partir de 6 meses de idade ou mais precisam se vacinar para se proteger da doença.
— Lembrando que as vacinas contra a Covid são altamente eficazes na prevenção dos casos graves, na hospitalização e na morte. Desde as grávidas até os mais idosos precisam se vacinar para se proteger contra a doença, independente das pessoas terem ou não alguma comorbidade, todas precisam se vacinar — afirma Alexandra.
- Vou precisar me vacinar todos os anos?
De acordo com a médica infectologista, é necessário um monitoramento contínuo das novas variantes da Covid-19 para indicar a frequência da vacinação contra a doença. Entretanto, é provável que, assim como o vírus da gripe, as vacinas contra o Coronavírus sejam aplicadas anualmente.
Continua depois da publicidade
- Todos precisam tomar a bivalente?
Mesmo que você já tenha tomado as doses do esquema primário de vacinação (primeira e segunda dose) é necessário tomar a dose de reforço, conforme a recomendação da faixa etária, indica a especialista.
— É importante tomar a bivalente porque com o tempo o organismo pode perder a memória imunológica contra o vírus e o reforço ajuda na recomposição da proteção. A vacina bivalente está disponível para todas as pessoas acima de 18 anos de idade e para adolescentes com comorbidades a partir de 12 anos.
- A vacina da covid vai continua sendo gratuita?
Sim. A vacina contra a Covid-19 continuará sendo gratuita e disponível em todas as unidades do Sistema único de Saúde (SUS).
- Posso variar as vacinas?
O esquema primário deve ser realizado com doses de um mesmo imunizante. Já nas doses de reforço, é recomendado a troca dos imunizantes, explica a médica.
Continua depois da publicidade
— Além das situações de exceção que podem acontecer. Quando o imunizante não está disponível ou se existir alguma contra-indicação específica, mas a troca de imunizante pode ocorrer.
- Quantas vacinas eu deveria ter tomado até agora?
Após três anos de pandemia, a quantidade de dose de vacina que cada pessoa deveria ter tomado pode variar com a idade e de acordo com os grupos prioritários.
— Alguns grupos tomaram além do esquema vacinal completo, uma dose de reforço. Outros grupos, tomaram duas doses de reforço, e outros grupos chegaram até a tomar três doses de reforço. Ou seja, cinco doses, como foi no caso dos imunocomprometidos.
Entretanto, com a bivalente a recomendação é que todos que se encaixem nos grupos da imunização façam o reforço com a dose.
Continua depois da publicidade
- Onde vejo quantas e quais eu já tomei?
Para saber quantas doses do imunizante contra a Covid-19 já foram feitas, o paciente pode acompanhar através do registro do posto de saúde do município ou através do aplicativo Conecte SUS.
- Quantas variantes estão circulando por Santa Catarina?
Em Santa Catarina circulam as variantes da Omicron, além da nova variante EG5.
— O vírus continua circulando, infelizmente a pandemia não acabou — diz a médica.
- A covid continua matando pessoas e sendo uma doença grave?
Apesar dos números das hospitalizações e mortes terem diminuído de forma substancial no Estado, a Covid-19 continua sendo um problema de saúde pública:
— Muitas pessoas continuam ficando doentes, internadas e morrendo. Além disso, a gente precisa pensar qual é o impacto da doença. Ela não é só dessas internações e das mortes, né? Ela tem um impacto importante que é a covid longa que é superestimada e que afeta um percentual considerável de pessoas que tiveram covid. O problema tem comprometimentos e sequelas importantes que acabam impactando na qualidade de vida dessas pessoas.
- Qual o tempo de isolamento que se é recomendado atualmente?
É possível sair do isolamento a partir do sétimo dia de infecção, desde que não apresente febre ou sintomas respiratórios nas últimas 24 horas. Além disso, é possível realizar um teste no quinto dia, caso o resultado for negativo é possível sair do isolamento, explica a infectologista.
Continua depois da publicidade
- Há motivos para se preocupar com a circulação da nova variante?
A nova variante foi identificada em Santa Catarina no início de setembro. Entretanto, até o momento, a subvariante não mostrou um risco significativo em comparação com as outras variantes.
— De toda forma, é preciso monitorar a variante e reforçar que precisamos manter as medidas que já são são conhecidas pela população para evitar outras variantes.
- A Covid-19 pode chegar ao fim algum dia?
De acordo com a médica infectologista, é possível acabar com o vírus que trouxe a pandemia, mas para isso, uma série de medidas ainda devem ser tomadas e acatadas pela população.
— Precisamos aumentar o percentual da população vacinada e isso não só no Brasil, mas globalmente. Precisamos ainda melhorar a qualidade interna do ar dos ambientes para diminuir o risco de transmissão. São ações que são importantes para que a gente enfrente de forma melhor e para que a gente possa trilhar um caminho para chegar ao fim dessa pandemia o quanto antes.
Continua depois da publicidade
Leia também:
Baixa procura por vacina contra Covid em SC pode fazer variante avançar, diz especialista
Estado alerta para vacinação contra Covid após confirmação de variante EG.5 em SC
Fim da gotinha: Entenda o que muda na vacina contra a poliomielite