Se o tempo ajudar, pode ser ainda melhor. Mas a expectativa do setor hoteleiro para a ocupação de hotéis e pousadas no Carnaval é de 75% dos leitos disponíveis nas principais cidades do litoral catarinense. O turista que chegar em cima da hora vai encontrar vagas, com exceção de Laguna, onde os hotéis já contam com lotação máxima.
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Sem reflexos da crise internacional nem tragédias, o índice de ocupação deve ficar entre 8% a 11% acima do ano passado, quando foi registrado 68,6% de leitos ocupados na folia de Momo.
O presidente da Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Catarina, Estanislau Emílio Bresolin, o movimento “de balcão” pode aumentar esse índice, se fizer tempo bom.
– O turista que chegar em cima da hora vai encontrar alguma coisa – afirma.
Em geral, acredita que a procura só não será maior que o Réveillon. Na Grande Florianópolis, por exemplo, a ocupação chegou a 84,3% na virada deste ano, um aumento de 4% em relação ao ano anterior.
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Ao contrário do Réveillon, a presença de argentinos no Estado é maior e fica proporcional ao número de gaúchos, paranaenses e paulistas, na avaliação de Bresolin.
Florianópolis não está tão otimista com a lotação de hotéis no Carnaval, mas ainda assim, espera um incremento em relação ao ano passado.
O presidente do sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Tarcísio Schmitt, estima 75% de ocupação na Capital, entre 12% a 15% a mais que 2009. E não deve ultrapassar o Réveillon, historicamente mais movimentado por causa da semana de Natal que antecede a virada do ano, quando muita gente está de folga.
No ano passado, ficou em 68% nesse mesmo período. Entre as razões para o resultado ruim foram as catástrofes no Vale do Itajaí, a gripe A e a crise mundial.
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– Este ano não temos nada disso e a chuva que tem caído é a de verão, nada que possa assustar – comemora.
Quanto aos preços, Schmitt observa estabilidade, no máximo um aumento de 5% em relação ao ano anterior. O presidente do sindicato diz que não adianta aumentar o preço porque afugenta o turista. O número de argentinos já é 40% menor que em 2009, na estimativa de Schmitt.
O presidente da Associação de Bares, Hotéis e Restaurantes de Laguna, Peterson Crippa da Silva, comemora ocupação de 100% nos hotéis da cidade de Anita. Lembra que, há um mês, já tinha registrado 80% de reservas para o feriado.
– A procura é maior que a demanda. Se tivéssemos mais hotéis, estariam todos lotados também – garante.
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Silva diz que a ocupação é total em quatro datas especiais no ano: Carnaval, Réveillon, e os eventos Moto Laguna (primeiro final de semana de dezembro) e República Laguna (nos dois últimos finais de semana de julho).
Entre os atrativos da cidade para o Carnaval, Silva destaca os bailes, os blocos de rua e as escolas de samba. São esperadas 300 mil pessoas para os blocos da pracinha (de sujos, homens vestidos de mulher), no domingo.
Opções de festa e sossego no litoral
Balneário Camboriú espera atingir 100% de ocupação, ou algo muito perto disso, na avaliação da presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Balneário Camboriú, Karina Peters. Ela acredita que a ocupação deve ser ainda maior que no Réveillon deste ano, quando 93% dos leitos estavam ocupados.
Em 2009, foi registrado apenas 82% de ocupação na virada do ano e, no Carnaval, 88%. O perfil de turistas vai desde famílias a adolescentes, interessados em baladas, até aposentados. Além dos turistas tradicionais, Karina observa o incremento de paraguaios, uruguaios e chilenos, entre os estrangeiros, e brasileiros de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
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Em Bombinhas, o perfil do turista é um pouco diferente das cidades famosas pela folia. O gerente da pousada Vila do Farol, Gianfranco Schürmann Curi, percebe que seus clientes procuram o sossego da praia e das instalações do hotel.
– Pessoal vem mais para descanso – afirma o gerente.
A pousada, com 62 apartamentos, tem apenas quatro disponíveis para o Carnaval. Nos anos anteriores, tanto Réveillon quanto Carnaval tiveram ocupação próxima a 100%, geralmente de clientes habitués, ou seja, que já se hospedaram ali.
Na Pousada Bela Sereia, há somente um quarto sem reserva, dos 19 disponíveis. Mesmo assim, o gerente Wilson Augusto acredita que a procura está menor que no ano passado. Tanto que a lavanderia está reclamando da falta de pedidos, assim como os revendedores de alimentos para o café da manhã.