A seguradora American International Group (AIG) anunciou nesta segunda-feira que registrou perdas de US$ 37,63 bilhões nos nove primeiros meses do ano, contra um lucro de US$ 11,492 bilhões entre janeiro e setembro de 2007. A AIG, que foi obrigada a apelar em setembro ao resgate do governo dos Estados Unidos, teve perda de US$ 14,40 por ação até o nono mês do ano, contra ganhos de US$ 4,40 por título nos nove primeiros meses de 2007.
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Até setembro, a seguradora faturou US$ 34,862 bilhões, 62% a menos do que no mesmo período de 2007, quando teve receita de US$ 91,631 bilhões. No terceiro trimestre, a AIG perdeu de US$ 24,468 bilhões (prejuízo de US$ 9,05 por ação), frente a ganhos de US$ 3,085 bilhões (perdas de US$ 1,19 por título) entre julho e setembro de 2007.
A AIG faturou US$ 898 milhões no terceiro trimestre, 97% a menos do que no mesmo período do ano anterior, quando teve receita de US$ 29,836 bilhões. Se fossem excluídos os US$ 15,1 bilhões em perdas de capital, a AIG teria anunciado prejuízo de US$ 9,24 bilhões (US$ 3,42 por ação) no terceiro trimestre.
Os resultados da AIG são piores do que o esperado pelos analistas de Wall Street, que calculavam perdas de US$ 0,85 por ação. O presidente e executivo-chefe da AIG, Edward Liddy, afirmou através de um comunicado de imprensa que o “resultado do terceiro trimestre reflete extremos deslocamentos e a volatilidade nos mercados de capital e cargas significativas relacionadas às atividades de reestruturação”.
A divulgação do resultado financeiro da AIG coincide com a notícia de que o governo dos EUA aumentou para US$ 150 bilhões sua ajuda financeira à maior seguradora do país. A intervenção do governo americano na AIG começou com um socorro de US$ 85 bilhões em setembro, que subiu para US$ 123 bilhões em outubro, e que agora terá US$ 40 bilhões adicionais em ações preferenciais e US$ 50 bilhões em capital, mais um empréstimo de US$ 60 bilhões, segundo informou hoje o jornal The Wall Street Journal.
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