Em um episódio que sobressalta o mundo, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), das Nações Unidas, descobriu no Irã restos de urânio enriquecido em níveis muito elevados, quase o suficiente para a fabricação de ogivas nucleares.
Continua depois da publicidade
Havia, segundo fontes diplomáticas, restos de urânio enriquecido a 27% em uma usina subterrânea iraniana de Fordo.
O enriquecimento encontrado nos restos de urânio é superior ao maior nível já encontrado na república islâmica. Os diplomatas que falaram com a agência de notícias Associated Press na condição de anonimato disseram que o episódio não significa, necessariamente, que o Irã enriqueça urânio secretamente com finalidades bélicas. Poderia ser até um contratempo técnico.
O Irã está submetido a sanções das Nações Unidas por não haver informado sobre seu polêmico programa nuclear. O governo iraniano sustenta que o enriquecimento realizado tem como objetivo apenas fins pacíficos, como a geração de energia elétrica.
Continua depois da publicidade
Na quarta-feira, encontro entre as potências ocidentais e o Irã em Bagdá terminou sem acordo. Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha não conseguiram convencer os iranianos a congelar seu enriquecimento de 20% – o país persa explica que, ao enriquecer urânio a 20%, em Fordo, consegue alimentar um reator para fins medicinais.
O grupo voltará a se reunir em Moscou, em junho.