O artista chinês Ai Wei Wei, que tem tentado atrair a atenção para a morte de migrantes e refugiados que tentam chegar na Europa, deixou que um sírio cortasse seu cabelo nesta quinta-feira no acampamento grego de Idomeni como “gesto simbólico”.
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Um grupo de refugiados oferecem serviços de barbeiros neste acampamento lotado no norte da Grécia, onde pelo menos 10.500 pessoas permanecem bloqueadas, vivendo em condições precárias, à espera de uma reabertura hipotética da fronteira com a Macedônia.
Nesta quinta-feira, Ai Weiwei fez fila como qualquer outro cliente do acampamento e deixou que Majet Fehan, barbeiro profissional, cortasse seu cabelo em troca de cinco euros.
“Eu precisava de um corte de cabelo, fazia tempo que eu não cortava e se foi o momento certo. Claro, é simbólico. Tudo o que fazemos é simbólico”, disse à AFP.
“Para mim, isso significa deixar alguns fios do meu cabelo nesta terra”, acrescentou.
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O artista chinês instalou recentemente um ateliê na ilha grega de Lesbos, no Mar Egeu, onde desembarcam mais da metade dos refugiados e migrantes que partem da Turquia.
Em fevereiro, ele cobriu as colunas do Konzerthaus de Berlim com coletes salva-vidas. E na semana passada, plantou na lama de Idomeni um piano branco para que uma jovem refugiada síria pudesse tocar.
Várias celebridades, incluindo as atrizes americanas Susan Sarandon e Angelina Jolie, visitaram os campos de refugiados na Grécia nos últimos meses em solidariedade.
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