Uma visitante rara, com aproximadamente um metro de diâmetro, foi encontrada por um praticante de stand up na última sexta-feira (14), na Ilha do Campeche, em Santa Catarina. A medusa flutuava próximo a areia quando o banhista percebeu sua presença e comunicou um guarda-vidas, bem como o coordenador de mergulhos locais.
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Conhecida como a maior medusa presente na costa brasileira, o animal da espécie Drymonema gorgo é raro, segundo o professor Alberto Lindner, responsável pelo laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
— A gente não tem conhecimento de nenhum registro desse animal nos últimos 150 anos em Florianópolis. Aparentemente, tudo indica que é o primeiro registro deste animal desde o século XIX — disse Lindner.
Uma equipe do Instituto Ilha do Campeche removeu o organismo até um canal aberto daquela região e, enquanto faziam a retirada da medusa, uma das integrantes sofreu uma leve queimadura na perna, provocada por um dos tentáculos do animal. Mariana Granda definiu a dor do contato como uma "leve ardência".
Veja vídeo da medusa que apareceu na Ilha do Campeche:
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A medusa foi descrita em 1883, por Fritz Müller. Na época ele morava em Blumenau e a teria descrito com base em espécimes observadas por ele em Florianópolis entre os anos de 1857 e 1861 "ao norte do Desterro", onde hoje é o Centro. Embora já tenha sido vista nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, além da Argentina, o professor destaca que ainda há pouca pouca informação sobre a espécie:
— O que temos de informações indica que essa medusa se alimenta de águas-vivas de outras espécies e menores, então, possivelmente é uma predadora desses organismos que estão em maior densidade nesse verão.
Cuidados
O professor Alberto Lindner adverte que a medusa gigante também é conhecida, popularmente, como água-viva. Dotada de tentáculos, também requer cuidados. Confira as orientações do Corpo de Bombeiros Militar:
— Observar a presença da bandeira lilás, que significa presença de medusas.
— Se afastar dos animais marítimos, assim que perceber a sua presença.
— Avisar guarda-vidas.
— Não coçar ou esfregar o local machucado.
— Não usar água doce para limpar a região queimada, para evitar que a toxina se espalhe.
— Lavar com água do mar.
— Tirar os tentáculos com cuidado, usando uma pinça
— Procurar um posto de guardas-vidas.
— Aplicar vinagre de uso doméstico na zona afetada.
— Fazer compressa com água salgada para aliviar a dor.
— Caso a pessoa desenvolva uma reação mais grave e contínua, deve ser procurar imediatamente uma unidade hospitalar para devido tratamento.
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