Uma água-viva gigante foi encontrada em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, nesta quinta-feira (30). A amostra foi capturada durante uma saída de campo do projeto de Monitoramento de Águas-vivas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) para identificar espécies que possam oferecer perigo aos banhistas no verão. O animal é da espécie Lychnorhiza lucerna, comum na costa entre o Golfo do México e Argentina, e não oferece perigo.

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Segundo pesquisadores do Laboratório de Ecotoxicologia (Letox) da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia da Univali, a amostra capturada tem 39 centímetros de diâmetro e pesa 4,6 quilos. É a maior da espécie registrada até hoje na região do Sul do Brasil e da Argentina.

O professor Charrid Resgalla Junior, responsável pelo Letox, explica que a saída de campo é realizada na primavera por ser a estação onde se encontra as águas-vivas, que podem queimar banhistas no verão, ainda pequenas:

— Toda água-viva queima, mas essa é bem pouco, não dá muito problema. Então, não causa acidentes com banhistas.

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A Lychnorhiza lucerna é muito utilizada na culinária asiática e para a extração de colágeno. Charrid conta que águas-vivas desta espécie são chamadas por pescadores de “Repolhão”:

— Essa espécie é comum, conhecida pelos pescadores porque geralmente é capturada na rede de arrasto durante pesca de camarão. Mas o tamanho dessa chamou a atenção. Acreditamos que é a maior encontrada no Sul do Brasil e na Argentina.

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É o maior exemplar encontrado no sul do Brasil e na Argentina
É o maior exemplar encontrado no sul do Brasil e na Argentina – (Foto: Univali, Letox, reprodução)
O exemplar coletado tem 39cm de diâmetro e pesa 4,6 kg
O exemplar coletado tem 39cm de diâmetro e pesa 4,6 kg – (Foto: Univali, Letox, reprodução)
A água-viva foi capturada a 18m de profundidade no mar em frente a Itajaí
A água-viva foi capturada a 18m de profundidade no mar em frente a Itajaí – (Foto: Univali, Letox, reprodução)
Pesquisadores irão conservar e expor o exemplar na universidade
Pesquisadores irão conservar e expor o exemplar na universidade – (Foto: Univali, Letox, reprodução)

De acordo com Charrid, uma vez tirada do mar, a água-viva não poderia sobreviver. Então, o animal foi encaminhado ao Laboratório de Anatomia da Universidade para preservar o espécime para futuras exposições.

Durante as saídas de campo para o projeto de Monitoramento de Águas-vivas, os pesquisadores observam as espécies, o tamanho, velocidade de crescimento e como as populações aumentam e diminuem. De acordo com a Univali, o objetivo é prever se existirão águas-vivas com potencial de envenenamentos de banhistas durante o período de veraneio

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