No verão aumentam as preocupações com a desidratação. A maioria dos médicos recomenda a ingestão de um a dois litros de água por dia, indiferentemente da estação do ano.

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Uma dica para saber a quantidade mínima de água que você precisa consumir diariamente, basta se pesar no começo do dia e após duas horas de trabalho. A diferença representa o quanto de líquido foi gasto durante as atividades. Se você perdeu 40 gramas, terá que repor 40 ml de água. Isso quer dizer que cada grama corresponde a um mililitro. Para se ter uma ideia, um copo representa, em média, 200 ml.

O Dr. Mauro Scharf, diretor médico e endocrinologista do laboratório Lâmina Medicina Diagnóstica, explica que a quantidade de líquido pode variar, também, se o indivíduo tiver uma alimentação balanceada.

– Algumas frutas possuem alto teor de água, como a melancia, por exemplo. Se você come uma fatia, que é composta por 90% de água, a quantidade a ser consumida em líquido diminui – orienta.

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Outra saída são as bebidas esportivas, que são compostas por água, eletrólitos e carboidratos, que ajudam a repor o líquido perdido durante atividades físicas.

– Essa bebidas servem para evitar a desidratação e preservar o bom funcionamento metabólico – define o endocrinologista.

Scharf lembra, no entanto, que os isotônicos devem ser ingeridos na quantidade certa. Para os exercícios com duração superior a uma hora, indica-se o consumo de 150 ml a 300 ml de uma bebida esportiva com concentração de 4% a 8% de carboidrato a cada 20 minutos.

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– O consumo desnecessário pode trazer problemas como a ingestão de quantidade excessiva de sódio e, por conter uma pequena quantidade de carboidratos, pode levar ao ganho de peso – destaca.

Principalmente em dias de calor, o endocrinologista indica também evitar esforços físicos excessivos e manter hábitos de higiene.

– É importante fazer uso de roupas leves e evitar tanto a exposição ao sol em dias quentes quanto a prática de exercícios debaixo do sol forte. E lembrar de lavar sempre as mãos antes de cada refeição, bem como os alimentos, que devem ser preparados corretamente – conclui.

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Scharf explica que a desidratação se caracteriza pela perda excessiva de água, sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, que podem impedir que o organismo realize suas funções normais. Ela ocorre se a água eliminada pelo organismo não for reposta.

– Isso acontece quando a ingestão de líquidos é insuficiente e pode trazer sérias consequências à saúde – diz.

A desidratação pode ser classificada de acordo com a gravidade, podendo ser leve, moderada ou grave.

– No caso de leve ou moderada, a desidratação pode causar sede exagerada, olheiras, boca e pele secas, dor de cabeça, sonolência e tonturas, além da diminuição da sudorese. No caso mais grave, esses sintomas se intensificam, podendo surgir outros como queda da pressão arterial, convulsões, falência dos órgãos, podendo levar até à morte – revela o médico.

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O diagnóstico pode ser feito através de avaliações clínicas e exames.

– Geralmente a desidratação é diagnosticada por meio das avaliações médicas, mas, caso necessário, são realizados exames de sangue, fezes e urina – conta.

A desidratação pode ocorrer em todas as idades, desde recém-nascidos até idosos.

– Nos primeiros seis meses de vida de uma criança, o ideal para o tratamento é o leite materno. Após essa idade, no caso de desidratação leve ou moderada, indica-se a ingestão de água filtrada em intervalos curtos. Já no caso de desidratação grave, a reidratação deve ser feita com o soro oral – explica.

Scharf ressalta que, além desses cuidados, o local onde a pessoa fica nesse período também é fator importante para a recuperação.

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– Para evitar a perda desnecessária de suor, é importante que a pessoa esteja em um local com temperatura ambiente – afirma.

Para a reidratação é recomendada a ingestão de água diariamente, porém a quantidade do líquido varia de pessoa para pessoa, dependendo das necessidades do organismo de cada um.

– Cada pessoa deve beber a quantidade adequada para seu tipo físico e para atender as suas necessidades diárias, pois existem fatores como estrutura corpórea, metabolismo e até o clima, que devem ser considerados – alerta o endocrinologista.

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