O governo federal acenou com uma proposta para viabilizar o transporte de milho do Centro-Oeste para Santa Catarina, em audiência realizada com lideranças do setor agroindustrial.

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Representantes da agroindústria catarinense estiveram nesta quarta, em Brasília, negociando alternativas para a falta de milho no mercado catarinense, o que tem elevado o custo da produção no Estado. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, e o diretor da Companhia Nacional de Abastecimento, Marcelo Melo, acordaram com o setor o encaminhamento de um pedido de utilização de créditos de exportação de PIS/Cofins para subsidiar frete para as agroindústrias.

O setor solicitou subsídio de R$ 5 por saca para o frete, o que necessitaria de um aporte de R$ 300 milhões, para o transporte de três milhões de toneladas do Centro-Oeste para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

As agroindústrias também pediram uma linha de crédito para capital de giro. Os produtores querem o aumento do limite de financiamento para compra de milho, de R$ 70 mil para R$ 140 mil. O secretário adjunto da Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, e os representantes do setor pediram urgência à solicitação.

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As agroindústrias catarinenses estão reduzindo o abate e demitindo funcionários pelo efeito da crise do milho, que aumentou muito os custos. A ministra Ideli Salvatti deve apresentar a proposta na segunda-feira para o Ministério da Fazenda. Na quinta-feira, as propostas devem passar pela reunião do Conselho de Política Monetária (Copom). O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Losivânio de Lorenzi, avalia que a reunião foi positiva.

– Acho que o governo entendeu a gravidade da crise – explica.

Ele espera que as medidas propostas sejam aprovadas pelo governo e aplicadas imediatamente.