O fundador da empresa Agriness, de Florianópolis, pode dizer que o seu negócio é o único no mundo a desenvolver um método de gestão com o uso de softwares para cada etapa da produção de suinocultura.

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– Outras empresas têm a ferramenta para a gestão das granjas, que é o software, mas não existe no mercado mundial o método que implantamos para que o produtor extraia da produção de suínos o maior potencial que ela pode render – diz o presidente da Agriness, Everton Guvert.

Considerada a melhor inovação do empreendimento, as soluções em gestão para o suinocultor ajudaram a Agriness a ser conhecida e vender seus serviços para 80% do mercado brasileiro, desde o produtor independente até as maiores empresas da agroindústria, como BRF e JBS. São 1,6 mil granjas atendidas pelo país e em outros oito territórios na América Latina e na Europa.

Mas para chegar ao patamar de líder no setor em que atua, o fundador deixou Florianópolis, onde a empresa está sediada, para entender a vida no campo na cidade de Seara, no Oeste de Santa Catarina.

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Segundo Eduardo Hoff, responsável pela área de negócios estratégicos da empresa, muitos suinocultores não utilizavam o software que tinha no mercado porque ele não era acessível. Alguns não tinham computadores no campo e, quem tinha, convivia com um programa traduzido para o português de forma limitada.

– O contato com os suinocultores fez com que a linguagem da Ciência da Computação fosse traduzida para a linguagem do produtor rural, que até então tinha como possibilidade o uso de um software americano, o PigChamp, para o aperfeiçoamento de suas atividades.

Produtores investem mais em tecnologia para competir no mercado

A possibilidade de ter uma ferramenta que ajudasse na produtividade da granja animou os suinocultores e tem sido assim nos últimos anos, afirma o diretor-executivo do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados de SC, Ricardo Gouvêa. De acordo com ele, o produtor independente está investindo em tecnologia no campo para sobreviver à competitividade do mercado.

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– A tecnologia aplicada à produção faz uma diferença enorme para que se consiga ter produção em escala, aliada à rentabilidade. Hoje em dia, é acessível até aos produtores independentes, porque as linhas de crédito do governo federal, como o Plano Safra, contemplam empréstimos destinados à modernização e à aplicação de tecnologias nas propriedades rurais com juros baixos.