A manifestação dos caminhoneiros vem ganhando a adesão de agricultores desde sábado. Alguns produtores como Leandro Alves de Souza, de Descanso, disse que não se importa de perder alguns litros de leite para tentar uma redução do preço dos combustíveis.
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– Esse aumento dos combustíveis prejudicou as duas classes, viemos apoiar o movimento pois um depende do outro – disse Souza.
Ele produz 700 a 800 litros de leite por dia, junto com um irmão e sobrinho. O agricultor disse que está sendo prejudicado em dobro, pois além de aumentar os custos de produção, o leite ainda caiu de R$ 1,10 para R$ 0,80 por litro.
Outro agricultor, Almir Trese, também aderiu ao protesto pois os insumos, entre eles o combustível, aumentou cerca de 10%.
O diretor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), Joel de Moura, disse que a entidade tinha uma mobilização programada para o dia 16 de março mas a categoria decidiu se unir aos caminhoneiros pois há pontos em comum na pauta, como a redução do preço dos combustíveis.
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– Vamos negociar as pautas em conjunto – disse Moura.
Ele afirmou que, nesta terça-feira, está prevista a distribuição de leite no trevo de São Miguel do Oeste.
Ontem os caminhões de leite eram liberados para passagem. Mas ocorreram alguns bloqueios em São José do Cedro. No entanto a coordenação do movimento em São Miguel do Oeste orientava que fosse liberada a passagem de cargas vivas e perecíveis.
Mesmo assim algumas indústrias podem parar o recolhimento e a industrialização pois estão com a capacidade de estocagem no limite.