Após mobilizações em Chapecó, Curitibanos e São Miguel do Oeste os representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) e da Via Campesina conseguiram avançar nas negociações com o Governo Federal, em Brasília.

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De acordo com o coordenador da Fetraf-Sul e Santa Catarina, Alexandre Bergamin, em reunião com o ministro das cidades, Gilberto Kassab, e da Caixa Econômica Federal; com representantes do movimento, houve a definição de um levantamento das verbas necessárias dos contratos represados desde o ano passado e dos projetos a serem contratados do programa Minha Casa, Minha Vida-Rural.

Bergamin disse que existem 2,7 mil casas que não tiveram os recursos liberados em Santa Catarina. Os movimentos reivindicam também o aumento do valor do subsídio, que é de R$ 28,5 mil por casa.

Em outra reunião com representantes da Secretaria Geral da Presidência, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Social e Companhia Nacional de Abastecimento, foi sinalizada a ampliação de compra de leite para a alimentação escolar e distribuição em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro.

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O leite também deve ser direcionado para órgãos do Ministério da Defesa. Outras questões aboradas foram a renegociação das dívidas dos agricultores e a criação de um grupo de trabalho para discutir a cadeia produtiva do leite.

Desde novembro do ano passado houve uma queda de 30 a 40% no preço do leite. Além da maior oferta ocasionada por um crescimento de 8% na produção as denúncias de fraude do leite em Santa Catarina desvalorizaram o produto.

E a paralisação dos caminhoneiros agravou ainda mais a situação, com perdas de R$ 20 milhões no setor, segundo cálculos do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados de Santa Catarina.

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Em Chapecó os agricultores foram no Laticínio Tirol, no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, INSS e Secretaria de Desenvolvimento Regional.

Na Serra eles bloquearamo entroncamento das BRs 116 e 470, conhecido como Trevo do Patussi, em São Cristóvão do Sul, região serrana do Estado. O ato começou por volta das 7h e o local foi liberado às 12h por iniciativa dos próprios manifestantes, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A Fetraf-Sul esclarece que os atos não estão relacionados às demais manifestações que acontecem no país, são totalmente independentes.

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