O valor da produção agrícola de Joinville caiu 13,9% no ano passado. Os produtores rurais da cidade receberam R$ 24,7 milhões, segundo levantamento divulgado na sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A redução coincide com a maior área colhida nos últimos dez anos. Foram 4.290 hectares, 6,95% a mais do que em 2010.

A queda na remuneração está relacionada a preços menores recebidos pelos produtores rurais. Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Cepa/Epagri), em 2011 os agricultores receberam, em média, 23,2% a menos pela saca de 50 kg, em comparação ao ano anterior.

A produção das duas principais lavouras temporárias no município permaneceu estável em 2011. Foram colhidas 19,5 mil toneladas de arroz e 11,3 mil toneladas de mandioca.

Apesar da alta nos preços da banana – 2,4% na caixa da caturra e 9,3% na prata -, os fruticultores acabaram recebendo menos por causa da redução na produção.

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Houve uma queda de 18,5% na safra, que foi de 19,8 mil toneladas. O motivo foi a produtividade menor. A produtividade caiu 18,5%, passando de 27 toneladas por hectare, em 2010, para 22.

Uma cultura permanente que ganhou mais relevância no ano passado foi a do palmito. A produção cresceu 87,5%, atingindo 300 toneladas.

Os preços dos principais produtos agrícolas cultivados em Joinville estão tendo uma forte alta neste ano. O arroz teve uma alta de 34%. As agroindústrias estão pagando, em média, R$ 34 pela saca de 50 kg entregue em Jaraguá do Sul.

Os bananicultores estão recebendo, em média, 26,4% a mais pela caixa de 20 a 22 quilos de banana, em comparação a 2011. O preço médio é de R$ 16.

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Os produtores de mandioca não devem estar satisfeitos. Eles estão recebendo R$ 181,63 pela tonelada, de acordo com a Cepa/Epagri. No ano passado, o valor chegou a R$ 230.

A situação não está favorável aos que beneficiam a produção. O preço de venda da saca de 50 kg da farinha grossa está 6,9% mais barata neste ano.