Casos como o seqüestro que durou quatro dias em Santo André, no ABC Paulista, reproduzem uma violência histórica. Pessoas que na infância passaram ou presenciaram crimes passionais ou violência doméstica e, por falta de assistência, crescem e reproduzem a mesma situação.

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Essa é a opinião da coordenadora do Comitê Latino-americano e do Caribe para Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem-Brasil), Samantha Buglione, que na manhã desta sexta-feira participou de um chat no diario.com.br.

– O ser humano é um animal que tem capacidade de perfectibilidade, ou seja, de mudar. O fato de ter tido um tipo de experiência não significa que não posso alterar a sua conduta. A questão é que para interromper o ciclo da violência é preciso ter não apenas serviços para isso, mas pessoas que entendam essa dinâmica.

Samantha é graduada e mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC) e doutora em Ciências Humanas pelo Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Atualmente ela ministra as disciplinas de bioética e introdução ao direito na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e direitos humanos, obrigações e biodireito no Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc). Também faz parte da ONG Antígona e é colunista do jornal A Notícia às terças-feiras.

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