Em uma operação nesta quinta-feira (2), foi desmantelada uma organização criminosa, formada por agentes públicos e profissionais de saúde, que fraudava o Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina. Segundo a denúncia, casos comuns eram transformados em “emergência” e furavam a fila do SUS na região Meio-Oeste.

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O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) saiu ás ruas para cumprir nove mandados de prisão e 39 de busca e apreensão em 12 municípios dentro da Operação Emergência em doze municípios: Caçador, Lebon Régis, Ibiam, Timbó Grande, Ibicaré, Videira, Rio das Antas, Calmon, Santa Cecília, Faxinal dos Guedes, Ponte Serrada e Balneário Camboriú.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, além dos mandados de prisão temporária, são cumpridos mandados de busca e apreensão em residências, empresas, consultórios médicos, órgãos públicos e estabelecimentos hospitalares. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de SC.

A Operação Emergência verifica a prática dos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, concussão, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsidade de atestado médico, fraude em licitação, entre outros crimes e atos de improbidade administrativa.

Durante a investigação, percebeu-se que o suposto esquema beneficiava pessoas em procedimentos cirúrgicos e, através do pagamento indevido e violação às regras de organização e funcionamento do SUS, adotavam medidas ilícitas para “agilizar” o atendimento respectivo, em sua maioria no Hospital Maicê, localizado em Caçador.

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Entre as práticas ilícitas adotadas, estava a inserção de dados falsos no Sistema Nacional de Regulação (SISREG) pelos profissionais de saúde, que registravam um procedimento eletivo como “emergência”.