A semana está sendo de aprendizado para 20 agentes prisionais da região Norte do Estado. Até sábado, o Presídio Regional de Jaraguá do Sul é palco de uma reciclagem sobre técnicas de escolta e segurança externa em presídios.

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O curso, realizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania, acontece desde segunda-feira e inclui treinamento físico, tiro ao alvo, conhecimentos sobre armamentos e técnicas de defesa pessoal, entre outros assuntos.

Esta é a segunda turma que participa do curso em Jaraguá. A primeira equipe, também de 20 agentes, realizou a capacitação na semana passada. O treinamento é intenso: as atividades acontecem das 7h30 às 23 horas, durante sete dias.

No grupo que termina o treinamento nesta sexta-feira há cinco profissionais de Jaraguá do Sul e os outros atuam nos presídios de Barra Velha, Joinville, São Francisco do Sul, Mafra, Canoinhas e Porto União. Esta é a primeira vez que a reciclagem inclui técnicas de escolta de detentos.

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Desde 2009, uma lei prevê que o serviço, realizado em parceria com a Polícia Militar, seja assumido definitivamente pelos agentes prisionais, mas a mudança ainda não tem data certa.

– A saída gradativa da PM do sistema prisional está ocorrendo para que a corporação seja liberada para outras atividades, como o policiamento ostensivo. Por isso os agentes precisam estar preparados para saber como agir em cada situação – comenta o instrutor de armamento e tiro, Léo da Silva Feliciano.

A capacitação já ocorreu em Criciúma, Tubarão, Curitibanos e Chapecó e teve a participação de cerca de 500 agentes em seis meses. Depois de Jaraguá, o curso segue para o Vale do Itajaí e Florianópolis. Até o final do curso, a expectativa é que aproximadamente 1,2 mil profissionais sejam capacitados.

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– O conhecimento repassado na capacitação faz uma grande diferença para os agentes numa situação de confronto – ressalta Léo.

O agente prisional Wanderley Borges, 36 anos, é um dos que participam do treinamento. Administrador da Unidade Prisional Avançada (UPA) de Porto União, Wanderley exerce a profissão há dez anos e elogiou a iniciativa.

– Já participei de pelo menos dez capacitações e percebo como o nível dos cursos melhorou com o passar dos anos. Ter a oportunidade de aprender e de repassar esse conhecimento é uma injeção de ânimo – avalia.

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Hoje, Santa Catarina tem 1.863 agentes prisionais trabalhando em 48 presídios e a população carcerária é de 17 mil presos. A unidade de Jaraguá do Sul conta com 30 profissionais e abriga 350 detentos. Cerca de 15 PMs trabalham em regime de escala na escolta e segurança da unidade.

CONCURSO PÚBLICO

A assessoria da Secretaria de Justiça e Cidadania informou que ainda não há previsão para a abertura de concurso público para agentes prisionais em Santa Catarina. Segundo o órgão, a realização da prova foi solicitada pela titular do órgão, Ada de Luca, no final do ano passado ao governador Raimundo Colombo (PSD), mas até o momento não houve nenhum anúncio oficial sobre o assunto.

O diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap) Leandro Antônio Soares de Lima, estava em reunião durante a tarde desta quinta-feira e não foi encontrado para falar sobre o déficit de agentes prisionais no Estado.

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