Cerca de 90 presos provocaram um tumulto na manhã desta quinta-feira no Presídio Regional de Jaraguá do Sul. Segundo a direção da unidade, os detentos chutaram as portas das celas e se negaram a realizar os procedimentos de segurança exigidos por quatro agentes prisionais que entraram para servir o café da manhã, como acender as luzes e ficar em pé.

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A desordem teria aumentado depois que um dos detentos se negou a sair da cela da triagem – onde os recém-chegados permanecem por dez dias – para depois irem para uma cela comum. Os presos foram controlados depois que os agentes dispararam balas de borracha e granadas de gás lacrimogênio. Ninguém se feriu.

Dez suspeitos de serem os líderes do tulmuto foram transferidos na tarde desta quinta para presídios de Joinville, São Pedro de Alcântara e Itajaí. Outros 80 presos que participaram da ação e permaneceram na unidade vão responder medida disciplinar.

Quatro portas de ferro que ficaram danificadas terão de ser trocadas.

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O promotor de Justiça, Márcio Cota, esteve no local depois do tumulto e disse que tudo está sobre controle.

– Não será aplicada nenhuma medida de de segurança. Agora está tudo normal. O que eles queriam era comandar o presídio, mas não vamos permitir -, decreta.

Segundo Cota, será instaurado um procedimento por dano ao patrimônio público, por causa das portas danificadas.

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O diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Soares de Lima, participou de uma vistoria no presídio depois da confusão. Segundo Drechsler, Lima disse que o procedimento adotado pelos agentes para conter os detentos foi correto.

Na tarde desta quinta-feira, o diretor do Deap estava numa operação em Itajaí e não foi localizado para falar sobre o assunto. O presídio de Jaraguá do Sul tem capacidade para 168 detentos, mas abriga 300.

Em setembro do ano passado, a unidade foi palco de uma tentativa de fuga, quando uma agente prisional foi feito refém por 87 presos. Todos os detentos foram transferidos para outras unidades do Estado

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