O clima entre os agentes penitenciários é de inquietação. No 11º dia de greve, a categoria tomou uma nova atitude para chamar a atenção das autoridades. Os funcionários fecharam a rua que dá acesso ao Presídio Regional de Joinville e à Penitenciária Industrial, por volta das 9 horas desta quinta-feira. Por conta disso, a entrada de novos presos está proibida para os dois locais. Somente funcionários conseguem passar.

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A visita de parentes também está suspensa até segunda ordem. Advogados podem entrar nos presídios, mas os agentes não garantem a segurança deles e não irão acompanhá-los até as celas. Se mesmo assim quiserem entrar, eles terão que assinar um termo de ciência e garantia de visita.

– A partir de agora, esse será o nosso novo posto de trabalho. Pelo menos dois agentes sempre estarão na barreira para impedir a entrada de presos até segunda ordem – afirmou o agente penitenciário Ferdinando Gregório da Silva.

Nesta quinta-feira, vários advogados tentaram visitar detentos, mas não obtiveram sucesso. Prestadores de serviço da penitenciária e presídio podem entrar desde que deixem revistar os veículos. A alimentação dos presos será mantida normalmente. No entanto, o banho de sol já está suspenso.

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A greve dos agentes penitenciários no Estado também forçou o cancelamento de seis audiências criminais que deveriam ter ocorrido na quarta-feira no Fórum de Joinville. Como a paralisação dos agentes suspendeu o trabalho de escolta dos detentos, os réus presos no Presídio Regional de Joinville não puderam comparecer às sessões.

Plano de carreira

A categoria reivindica a revisão do plano de carreira. Um dos principais pontos da pauta é a criação de um adicional de 40% sobre os ganhos na aposentadoria. Atualmente, ao se aposentar, o agente tem uma redução de 40% no salário, forçando os profissionais a prolongarem o máximo que puderem o tempo na ativa.

Os profissionais também pedem a redução da escala de progressão na carreira.