Agentes penitenciários do Presídio Regional de Blumenau cruzaram os braços a partir desta segunda-feira. A manifestação faz parte da Greve Geral dos Servidores Públicos e a principal reivindicação da categoria é em relação ao pacote da reforma salarial, proposto pelo Governo e aprovado pela Assembleia Legislativa no final do ano passado. No total, 37 agentes trabalham no presídio, mas a instituição ainda não divulgou quantos profissionais paralisaram as atividades. Apenas serviços básicos, como alimentação e segurança, foram mantidos.

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– Blumenau aderiu à greve, mas ainda não sabemos o que os grevistas vão pleitear. Por enquanto, visitas, escoltas, idas ao Foro e atendimento de advogados estão suspensos – explicou o chefe da Segurança do presídio, Rangel Luís Bavaresco.

O primeiro reflexo é a impossibilidade de as esposas e familiares não terem conseguido visitar os detentos durante a manhã desta segunda. Muitas viajam semanalmente para trazerem alimentos e roupas para os presidiários. Uma das esposas de 24 anos que preferiu não se identificar afirma que viajou mais de uma hora de Rio do Sul para Blumenau, mas teria sido barrada na frente do presídio. Cerca de cem mulheres aguardavam a visitação.

– Ninguém justificou nada. Dizem que era a greve geral, mas não informaram nada antecipadamente. Nem sequer os alimentos, eles deixaram entrar – reclamou a mulher.

Rangel nega a versão e afirma que a paralisação foi divulgada antecipadamente. No entanto, afirma ser impossível para a administração do Presídio entrar em contato individualmente com cada familiar.

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Outras categorias também aderem

Técnicos do Departamento de Infraestrutura do Governo do Estado (Deinfra), Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma), Inmetro, trabalhadores do Porto de Itajaí e agências do Sine também aderiram à paralisação no Estado. O Sindicato aposta que adesão será de 100% na Fatma e no Imetro e também deve afetar 80% do trabalho no Deinfra.