O Núcleo de Controle de Zoonoses de Itajaí está reunindo equipes que vão trabalhar na prevenção à leishmaniose visceral, doença que atinge órgãos como fígado e baço dos cães e teve um caso registrado na cidade em março. Os agentes vão percorrer as casas que estão num raio de 200 metros da onde vivia o animal contaminado. Todos os cães que estiverem nesse espaço precisarão passar por exame de sangue.
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Os agentes vão conscientizar os donos sobre a importância dos exames e pedir autorização para a retirada de sangue dos animais. O bairro onde ocorreu o caso não foi divulgado, para evitar alarme. Veterinário do núcleo de zoonoses, Denilson Vargas da Silva diz que as chances de uma epidemia é pequena, já que não há registros da presença do mosquito transmissor na região.
Mesmo assim, estão sendo tomadas todas as medidas recomendadas pela Vigilância Epidemiológica. A instalação de armadilhas para monitorar o mosquito-palha, vetor da doença, deve ser feita no próximo mês. Este será o segundo passo da prevenção, após a coleta de sangue.
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O trabalho de retirada de amostras para exames será feito em apenas um dia, para evitar que algum animal deixe de ser examinado. O sangue coletado será encaminhado para um primeiro exame, em Itajaí, que servirá como triagem. Se detectado algum indício de contaminação passará por uma nova verificação, desta vez no Laboratório Central (Lacen).
A data para o trabalho de rua ainda não foi definida mas deve ocorrer em breve, de acordo com o veterinário. Silva explica que é preciso esperar um tempo entre o aparecimento do primeiro caso e a pesquisa de outros para garantir que, se houver contaminação, o vírus se manifeste.
O cão que apresentou a doença em Itajaí passou por eutanásia há três semanas. O animal veio de região endêmica da leishmaniose visceral, no Rio Grande do Sul. Quando chegou a Itajaí, já estava infectado.
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A preocupação com a doença é porque ela é transmissível a humanos, através do mosquito-palha. Se não for diagnosticada a tempo, pode ser fatal.
Sintomas nos cães
– Descamação nas orelhas e na face, semelhante à sarna
– Crescimento excessivo das unhas
– Emagrecimento
– Fígado e pâncreas aumentados
Sintomas nos humanos
– Febre prolongada
– Anemia
– Indisposição
– Palidez da pele e mucosas
– Falta de apetite
– Perda de peso
– Aumento do fígado e do baço
– Alterações de medula