Cidades consideradas infestadas de focos do mosquito da dengue, Itajaí e Balneário Camboriú participam da mobilização estadual contra a doença. Um balanço dos primeiros dias de trabalho apontou que, até a última quinta-feira, as duas cidades já visitaram 42.903 imóveis da meta de 103 mil.
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Itajaí foi a cidade que mais vistoriou residências: foram 28.330 até quinta-feira. Os agentes ainda passaram por 11.784 imóveis que estavam fechados e 246 casas que recusaram a entrada. Conforme o coordenador do Programa de Combate à Dengue, Lúcio Vieira, a situação está melhor na comparação com o ano passado:
– As pessoas têm cuidado mais, porém ainda tem quem acumule utensílios sem utilidade e que acabam virando criadouros no quintal, como sacos plásticos, copos e latas.
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A intenção, conforme Vieira, é diminuir ao máximo o número de criadouros, fazendo com que o risco de contrair a doença seja negativo no município. Nesta sexta-feira, a força-tarefa encerra as visitas do primeiro ciclo aos bairros Cidade Nova, Cordeiros e São Vicente. Após os agentes ainda voltarão nas casas que estavam fechadas.
Balneário Camboriú está com mais dificuldades para encontrar os imóveis abertos – até a terça-feira o município havia visitado 14.573, outros 4.312 lares estavam fechados e 88 recusaram a entrada. O coordenador do combate à dengue, Márcio Cristiano Passing, explica que para recuperar essas casas alguns agentes estão trabalhando aos sábados.
– A situação está muito parecida com a do ano passado. Ainda precisa de mais conscientização da população. O poder público não resolver sozinho, o morador precisa colaborar, permitir o acesso e seguir as orientações do agente – aponta.
Itapema tem mais dificuldades nas visitas
A cidade com mais dificuldades até o momento é Itapema. Da meta de 23 mil imóveis, os agentes da cidade conseguiram vistoriar apenas 3.603 em nove dias de trabalho. Houve ainda 88 recusas de moradores e 1.648 casas fechadas.
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A coordenadora do Programa de Combate à Dengue, Jaqueline Ferreira, explica que a média poderia ser maior, porém os agentes têm encontrado muitos imóveis fechados em função da temporada de verão – mais de 30% dos lares visitados estavam fechados.
Jaqueline afirma que outra dificuldade é com relação a eliminação de recipientes que podem acumular água. Segundo ela, ainda falta conscientização da população sobre o problema.
– A gente tem percebido que precisa trabalhar mais a orientação das pessoas. Alguns não entendem que estamos tirando a bromélia por uma questão de saúde pública. Eles até abrem o imóvel, mas quando chega na hora de eliminar o prato das flores, por exemplo, vem a resistência e a recusa – observa.
Para tentar minimizar a situação, uma equipe de agentes de endemias está atuando na recuperação dos imóveis fechados e fazendo o tratamento dos recipientes encontrados.
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Itajaí tem 99 casos suspeitos de dengue
Em Itajaí, a Secretaria de Saúde aponta que o município registrou, nas duas primeiras semanas de 2016, 99 pessoas com suspeita de dengue. Destas, 62 aguardam o resultado do exame de sangue, que está em análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado de Santa Catarina (Lacen), em Florianópolis.
Além disso, 37 pessoas ainda não compareceram ao laboratório Municipal para fazer a coleta do material para ser remetido para avaliação. Até o momento, não há nenhum caso confirmado de dengue na cidade este ano.
A prefeitura diz que a falta do chamado “kit para diagnóstico de dengue” no Lacen é o que está provocando o atraso nos resultados dos exames.