Uma agente prisional do Presídio Regional de Joinville perdeu o cargo público e foi condenada a dois anos e nove meses de prisão por violação de sigilo funcional e 26 crimes de prevaricação. A pena será cumprida no regime aberto por meio de serviços à comunidade, pois os delitos não são considerados graves pela legislação brasileira.

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Após investigações e interceptações telefônicas, Wilmara Gaebler Zoccoli, foi denunciada por manter contato telefônico com os detentos da unidade. Por vezes, segundo a denúncia, ela teria inserido créditos em aparelhos celulares dos presos.

O caso mais grave ocorreu em janeiro de 2010, quando a agente prisional avisou um dos presos que haveria uma operação pente-fino na unidade no dia 30 de janeiro daquele ano. O preso, por sua vez, avisou os colegas de cela. Durante a operação, a ré teria deixado de apreender objetos como drogas e celulares que estavam no poder dos presos.

A agente ainda foi denunciada pelo Ministério Público, por corrupção passiva. De acordo com a denúncia, a mulher teria recebido dinheiro do preso Maicon de Moura – famoso por ser galanteador e cometer golpes em mulheres. Ele foi preso em maio do ano passado por estelionato. Neste crime, Wilmara foi absolvida por falta de provas. A sentença foi assinada pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski da 2ª Vara Criminal.

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Contraponto

De acordo com o advogado de defesa, Eduardo Morriensen, Wilmara confessou que mantinha contato com os presos, pois havia iniciado uma investigação por conta própria.

Com relação ao aviso sobre o pente-fino, o advogado alega que houve mal-entendido com as escutas telefônicas, pois em nenhum momento ela comunicou a operação. A defesa vai recorrer da sentença.