Leandro Marcelo Machado foi condenado a 15 anos de prisão por matar a ex-namorada em Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. A sentença saiu nesta terça-feira (28), quase uma década depois de o agente prisional assassinar Sirlei Machado.

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Ele matou a garçonete em novembro de 2013, deixou o corpo dela caído no chão da sala onde a vítima morava e fugiu. Um vizinho o viu deixar o imóvel, avistou cadáver e chamou a polícia. Horas mais tarde Leandro acabou preso e confessou o crime. 

Conforme o Ministério Público, o acusado não aceitou o rompimento da relação e começou a perseguir a vítima. Na madrugada do dia 10, ele esperou, entre as 2h e 5h30min, Sirlei chegar em casa, no bairro Cedros. 

Quando a vítima chegou, foi atacada repentinamente pelo ex-namorado. O réu tapou aboca dela até que a mulher não conseguisse mais respirar. Na época, a PM chegou a informar que encontrou a vítima com boca avermelhada. 

Diante das provas, os jurados reconheceram as qualificadoras do homicídio: motivo fútil, executado por meio que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. Na época Sirlei tinha 26 anos. 

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O agressor deve cumprir a pena inicialmente em regime fechado. 

Família e amigos no velório de Sirlei Machado
Família e amigos no velório de Sirlei Machado (Foto: Marcos Porto / NSC / Arquivo )

Vaivém da cadeia

De acordo com o Ministério Público, Leandro, também com 26 anos na data do crime, conseguiu autorização para deixar a cadeia após o flagrante. Mais tarde voltou a ser encarcerado, porém novamente foi posto em liberdade. 

Em 2017 ele chegou a ser julgado e condenado, mas o Supremo Tribunal de Justiça anulou a decisão. 

Algumas etapas do processo precisaram ser refeitas e novo julgamento ficou marcado para 8 de março deste ano, mas o acusado apresentou atestado de Covid-19 e não foi ao banco dos réus. Uma nova data precisou ser agendada para abril, mas novamente Leandro apresentou atestado médico para não comparecer. 

Depois disso a Justiça decretou a prisão preventiva do homem que ficou cerca de um mês foragido e só foi encontrado em 24 de maio após uma ação conjunta do Gaeco de Itajaí e de Guarapuava (PR), onde ele estava. 

Agora ele vai cumprir a pena no Complexo Penitenciário da Canhanduba, em Itajaí. 

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