O Múltipla Dança – Festival Internacional de Dança Contemporânea ocorre de 20 e 27 de maio em Florianópolis com 11 trabalhos, em cena, 20 convidados, quatro oficinas, uma mostra de fotografia, cinco diálogos, dois lançamentos —um livro e uma videoarte —,homenagem e mostra de videodança.As atividades ocorrem em 12 lugares diferentes.

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Veja a programação completa:

SÁBADO, 20/5

10h

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Mostra O Fotografo também Dança, de Cristiano Prim. Em cartaz até od ia 27, de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 14 às 20h. No andar L2, sala 231 do Flotipa Shopping (Rod. SC-401, 3.116, Saco Grande, Florianópolis)

Sinopse: exposição de fotografias autorais de Cristiano Prim, profissional com uma trajetória de mais de 20 anos especializado em retratar o movimento evidenciado na dança de Santa Catarina.

20h

Espetáculo Protocolo Elefante, do Cena 11 Cia de Dança, no Teatro Pedro Ivo (Rod. SC-401, 4.600, Saco Grande, Florianópolis)

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Sinopse: Protocolo Elefante investiga a ação de afastamento e isolamento do elefante na iminência de sua morte, uma metáfora de separação e exílio. Um questionamento sobre o modo como fatores contidos no ambiente ao qual pertencemos (pessoas, comportamentos, línguas, afetos, objetos e dispositivos relacionais de convívio) são afetados quando migramos a sós para um contexto diverso e distante destas familiaridades e simetrias do pertencer. O acionamento do sentimento de falta, produzido por este encontro assimétrico de identidades, é um importante objeto condutor para algumas perguntas chave que conduziram a pesquisa: o que é pertencer ou necessidade de pertencimento? Qual é a nossa definição de identidade? Ritual de descontinuidade e vestígio, Protocolo Elefante é entender identidade como entropia. É propor um grupo compartilhando a solidão que nos define.

DOMINGO, 21/5

14h

Composição urbana O que É Estar Aqui?, do Projeto Corpo, Tempo e Movimento, nas dunas da Avenida das Rendeiras, Lagoa da Conceição

Sinopse: um local específico da cidade fornece percursos a serem trilhados e reinscritos a partir da provocação: o que é estar aqui? Trata-se de uma proposição ao público, um convite à partilha de um mesmo espaço-tempo para a construção coletiva de um habitar momentâneo que pode deixar suas marcas mesmo na tentativa de apagá-las.

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16h

Espetáculo infantil Para Todos os Seguintes, de Key Zetta e Cia, no Teatro Álvaro de Carvalho (Rua Marechal Guilherme, 26, Centro, Florianópolis)

Sinopse: peça criada para crianças, que traz em si uma tonalidade intensiva de corpo, movimento, gesto, som, cor e luz, numa tal medida e modo que tanto os pequenos quanto os adultos que as acompanham acabam por ter uma experiência alegre – no sentido de uma força ativa e de um devir infantil que envolve todos que ali presenciam o espetáculo. Quatro pessoas dançam intensamente ao som da doce e refinada composição musical, num jogo cênico de movimento que brinca com as possibilidades da mágica.

20h

Instalação coreográfica Fome, do Entropia Experiências Artísticas, no Sala Espaço 2 Ceart (Avenida Madre Benvenuta, 1907, Itacorubi)

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Sinopse: Fome é uma instalação coreográfica pensada a partir das consequências geradas pela industrialização da carne, na tentativa de abordar no corpo questões que abrangem a artificialidade na composição do alimento, a relação entre erotismo e consumo, entre animal, humano e alimento, e a fome – necessidade ou desejo? Entre fissuras que contornam nitidez e opacidade, os corpos em cena orbitam representações humanas e animais de si mesmos num processo de transfiguração e reconhecimento.

SEGUNDA, 22/5

15h

Diálogo – Néri Pedroso entrevista Cristiano Prim, no Floripa Shopping

19h

Mostra de videodança: Coreoedições Américas + Experimentos, na Fundação Cultural Badesc (Rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro)

20h

Espetáculo Aurora, de Egon Seidler, no Casarão da Praça dos Bombeiros (Rua Visconde de Ouro Preto, 431, Centro)

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Sinopse: ela vislumbrou a possibilidade de mudar o mundo. Os livros que descobriu foram os propulsores de sua viagem. Do imaginário, partiu para a ação sem o freio da dúvida. Precisou, comunicou, mudou e fugiu do meio e dos outros. “Como um grande artista que pode destruir sua obra se lhe aprouver, porque um raio de luz a mostra imperfeita, assim fiz eu.”O espetáculo é livremente inspirado no romance A Virgem Vermelha, de Fernando Arrabal, e na vida de Aurora Rodríguez Carballeira. Um trabalho que apresenta movimentos do despertar, da obsessão e do desejo que conduziram Aurora a um universo singular.

TERÇA, 23/5

9h às 15h

Oficina Movimento Tridimensional em Dança, com Marila Velloso, na Kirinus Escola de Dança (Rua Lauro Linhares, 1335, Trindade )

14h

Diálogo Dança Etc, com Jussara Belchior, Marila Velloso e Key Sawao, no Casarão da Praça dos Bombeiros

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19h

Mostra de videodança: curtas internacionais, na Fundação Cultural Badesc

20h

Conferência dançada: Ensaio para Algo que Não Sabemos Protocolo 1: construção, com Daniela Alves e Karina Collaço, no Casarão da Praça dos Bombeiros

Sinopse: compartilhamento de ideias, necessidade de existência, atravessamentos, resistência: Ensaio para Algo que Não Sabemos – Protótipo 1: construção é um encontro subsidiado pelo desejo-incumbência de existir e fazer existir no mundo por meio da dança. O processo de investigação parte da construção de um alfabeto de gestos simbólicos e abstratos que, de forma acumulativa, recebe diferentes proposições de modo a ressignificar as imagens geradas, ampliando seus sentidos. Cinco são os princípios que norteiam o trabalho: coreografia, contaminação, cópia, combinação, apropriação.

QUARTA, 24/5

9h às 15h

Oficina Movimento Tridimensional em Dança, com Marila Velloso, na Kirinus Escola de Dança

14h

Oficina Técnica e Pesquisa de Movimento, com Key Sawao, no Casarão (Praça dos Bombeiros)

17h30min

Performance Rinha, de Entropia Experiências Artísticas, na Caixa Econômica Federal Agência Poeta Zininho (Praça 15 de Novembro, 30, Centro)

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Sinopse: a perspectiva da disputa tem condicionado cada vez mais as relações humanas. Desde o nascimento, toda pessoa é estimulada a ser a melhor, a chegar primeiro, a vencer o que quer que esteja em jogo, doa a quem doer. E o democrático espaço urbano é onde o ímpeto por embate acaba exposto, no caminhar apressado ou na conquista pelo melhor lugar: de repente, a rinha se configura e somos todos cães de briga. Rinha é uma proposição cênica sobre os confrontos cotidianos, mas é, sobretudo, uma forma de guerrear contra a própria lógica da disputa. Através de violentas rachaduras na realidade dormente da rua, a atmosfera do embate é instaurada tanto pelos performers quanto no espaço que se cria nas relações com os transeuntes. Como na rinha, aquele que se mantém de pé é o vencedor. Vencedor ou apenas o último a abandonar a disputa?

19h

Performance Ensaio sobre a Retórica, com Anderson do Carmo, na Fundação Cultural Badesc

Sinopse: Ensaio sobre a Retórica é o resultado de uma residência realizada no Memorial Meyer Filho em 2016. É uma coleção de gestos, um inventário de sons, uma lista de imagens que pretende encontrar, alargar e habitar o espaço quase invisível que existe entre as palavras e as coisas. Em que momento os significados se grudam nos sons? Em que lugar as letras se juntam aos sentidos? Corpofalante. E quem não sabe que pode falar? E quem jamais foi escutado? E quem não consegue se fazer entender? E quem acha que está sendo claro? E quem está silenciado? O que sai para fora de uma boca bem fechada e se aloja em um ouvido bem aberto? Este corpo quer escutar o que outros corpos têm a dizer. Este corpo vai continuar falando mesmo sem ser compreendido. Este corpo não sairá daqui até conseguir conversar.

20h

Homenagem a Ida Mara Freire e lançamento do livro Rumor, na Fundação Cultural Badesc

QUINTA, 25/5

10h às 12h

Pré-conferência Encontro setorial de dança/CMPC, no Casarão (Praça dos Bombeiros)

12h às 15h

Oficina Percepção Física e Composição Generativa, com Alejandro Ahmed e Mariana Romagnani, no Jurerê Sports Center

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14h

Diálogo Economia Solidária, com Ana Alonso, Mariana Pimentel e Rodolfo Lorandi, no Casarão (Praça dos Bombeiros)

20h

Vídeo palestra Dança em Construção, com Inês Bogéa, no Teatro Sesc Prainha

Sinopse: o vídeo é um espaço de continuação da dança. Ele é feito através das imagens, da memória e dos depoimentos daqueles que compartilharam uma época e conviveram com grandes mestres. É sobretudo uma experiência de encontros, aberta a distintos olhares, na tentativa de captar uma realidade artística. O videodocumentário procura refazer uma trajetória que existiu e que hoje é viva na memória, nas imagens e nos corpos de quem viveu e conviveu num determinado momento. Esta palestra trata das diferentes etapas da realização de um videodocumentário: pesquisa, concepção, direção, edição e finalização. A questão dos direitos autorais na dança também é abordada. Palestra ilustrada com vídeos.

SEXTA, 26/5

12h às 15h

Oficina Percepção Física e Composição Generativa, com Alejandro Ahmed e Mariana Romagnani, no Jurerê Sports Center

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15h

Oficina Dança Inclusiva, com Ana Luiza Ciscato, no Parque Jardim Botânico (Rod Admar Gonzaga, 742-782, Itacorubi)

20h

Espetáculo Experiência 4, de Key Sawao, no Teatro Sesc Prainha (Travessa Siryaco Atherino, 100, Centro)

Sinospe: Experiência 4 dá continuidade aos Estudos de Movimento (1, 2 e 3), nos quais a artista faz um mergulho próprio, paralelo às criações que desenvolve junto ao núcleo Key Zetta e Cia., que dirige em parceria com Ricardo Iazzetta. Hoje, a experiência ocorre a partir da mistura de camadas nas quais diferentes tempos-espaços-pensamentos-gestos surgem como atravessamentos e criam dança. ¿Não dançar sobre a coisa, a coisa é a dança.¿ Para este encontro a artista Key Sawao convida Hedra Rockenbach.

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SÁBADO, 27/5

12h às 15h

Oficina Percepção Física e Composição Generativa, com Alejandro Ahmed e Mariana Romagnani, no Jurerê Sports Center

17h30min

Espetáculo Convite ao Olhar, Lápis de Seda, no Parque Jardim Botânico

Sinopse: Convite ao Olhar (2014) parte de elementos do cotidiano dos bailarinos e de como cada indivíduo reage a diferentes situações, valorizando a singularidade humana. No peculiar de cada um dos bailarinos está a potência da proposta. Pretende-se desconstruir conceitos engessados com relação à deficiência, mostrar todos, sem distinção, como pessoas tão somente com limitações e capacidades variadas. Leveza, bom humor e fuga de ideias preconcebidas marcam o espetáculo.

20h

Espetáculo Experiência 4, daKey Sawao, no Teatro SESC Prainha

21h

Lançamento do videoarte Coral da Ponta, na Ponta do Coral (Av Beira-mar Norte, Centro)

Sinopse: videoarte realizado por Alan Langdon a partir da composição urbana Dança Coral, concebida em 2016 por Diana Gilardenghi, Milene Duenha, Paloma Bianchi e Sandra Meyer para o projeto Corpo, Tempo e Movimento. Coral da Ponta amplifica o que as câmeras captaram da proposta de dança, potencializando-a numa perspectiva imagética estético-emocional.

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