A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) divulgou em comunicado que colocou em revisão para potencial rebaixamento os ratings de 15 países da zona do euro e que manteve sob revisão negativa a nota do Chipre. A agência também informou que não colocou em revisão para rebaixamento o rating da Grécia – o único país da zona do euro cuja nota, atualmente em “CC”, encontra-se na região dos investimentos especulativos.

Continua depois da publicidade

– As posições de hoje do ‘CreditWatch’ se justificam por nossa crença de que as pressões sistêmicas da zona do euro cresceram nas últimas semanas a ponto de pressionarem para baixo a situação creditícia da zona do euro como um todo – apontou a agência.

A S&P disse que as tensões sistêmicas na zona do euro decorrem de cinco fatores interligados – as condições apertadas de crédito, os prêmios de risco elevados registrados em dívidas soberanas europeias (algumas delas com a nota máxima, triplo A), a falta de acordo entre as autoridades da região sobre como conter a crise e garantir integração fiscal e econômica, os níveis elevados de endividamento de governos e famílias e o risco crescente de uma recessão na zona do euro em 2012.

– No momento, prevemos que a produção encolherá no ano que vem em países como Espanha, Portugal e Grécia, mas atribuímos uma probabilidade de 40% de declínio na produção da zona do euro como um todo – acrescentou a agência.

A revisão das notas deve ser concluída o mais rápido possível depois da reunião de cúpula da União Europeia nos dias 8 e 9 de dezembro, afirma a S&P, acrescentando que “os ratings podem ser rebaixados em até um grau nos casos de Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Holanda e Luxemburgo e até dois graus no caso dos demais governos”.

Continua depois da publicidade

Os países serão rebaixados caso a S&P encontre problemas políticos que pareçam estar limitando a eficácia dos esforços para conter a crise. Também serão analisadas as condições de empréstimo para os governos e os bancos da zona do euro, além dos mecanismos do BCE para abordar as tensões econômicas e políticas trazidas pela crise.