O diretor da Agência Europeia de Medicamentos, obrigada a deixar Londres em razão do Brexit, expressou nesta terça-feira seu “alívio” ao conhecer sua futura sede, Amsterdã, apesar de lamentar a possível perda de funcionários pela mudança.
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Que haja “menos incerteza é uma boa notícia, então estamos animados”, declarou o diretor executivo da EMA, Guido Rasi, em uma coletiva de imprensa em sua atual sede no distrito financeiro de Londres.
“Há um certo alívio porque temos uma decisão”, acrescentou.
Na segunda-feira, em Bruxelas, a UE decidiu transferir a EMA para Amsterdã, uma escolha feita entre outras cidades candidatas como Milão e Barcelona, que foi eliminada na primeira rodada de votação.
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Rasi não comentou sobre o fracasso da candidatura da capital catalã.
Além disso, a UE decidiu transferir a Autoridade Bancária Europeia (EBA) de Londres para Paris.
Ambas as agências empregam cerca de 1.000 pessoas cada, principalmente pessoal altamente qualificado.
A EMA começará a operar em Amsterdã em 30 de março de 2019, no dia seguinte à data prevista para o Reino Unido deixar a UE.
“Amsterdã responde a muitos dos nossos requisitos”, disse Rasi, elogiando a “excelente conectividade” da capital holandesa. “Oferece alojamento, hotéis nos arredores e toda a infra-estrutura”.
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No entanto, Noel Wathion, que organiza a mudança, explicou que a sede fornecida por Amsterdã não poderá acomodar inicialmente todos os funcionários da agência e que uma parte terá que trabalhar temporariamente em escritórios próximos.
Rasi indicou que o estudo mais otimista prevê que 81% dos funcionários aceitarão a transferência. No entanto, “vamos perder 200 pessoas, o que significa que teremos que monitorar cuidadosamente quais áreas específicas vamos perder para ter um plano para compensar essas perdas”.
A EMA possui farmacêuticos, biólogos, médicos e bioquímicos responsáveis por decidir quais medicamentos podem ser comercializados na UE.
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* AFP