A Agência Europeia de Segurança Aérea (Aesa) recomendou nesta quarta-feira a inspeção de 67 aviões do modelo Airbus A380, atualmente em serviço em todo o mundo, devido à descoberta de fissuras nas asas de algumas aeronaves, anunciou um porta-voz da agência.

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Em 20 de janeiro, a Aesa já havia ordenado uma inspeção preliminar em cerca de 20 aviões com muitas horas de voo acumuladas (pelo menos 1,3 mil), após a descoberta de micro-fissuras em uma peça (suporte) da asa.

– Com o resultado desta primeira revisão, decidimos expandir a inspeção para toda a frota em circulação, isto é, para todas as aeronaves, independentemente do número de voos já realizados. A ideia é assegurar que não existe qualquer tipo de problema relacionado à segurança das aeronaves – declarou o porta-voz.

Uma nova diretriz de aeronavegabilidade será publicada, detalhando os procedimentos. A nova inspeção permitirá detectar eventuais falhas invisíveis a olho nu.

A agência também poderá decidir fazer novas inspeções a cada x número de voos. Os aviões com menos horas de voo poderão até ser inspecionados durante a manutenção de rotina. Entre as 20 aeronaves que devem ser analisadas inicialmente, oito realizaram mais de 1,8 mil voos.

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As inspeções mais urgentes vão ser feitas em seis aviões da Singapore Airlines e dois da Emirates, companhia com sede em Dubai. A Airbus respondeu imediatamente reafirmando que “a segurança do avião não foi afetada”. As companhias reiteraram dizendo que não existe risco para a segurança dos passageiros.

Nesta quarta-feira, a companhia australiana Qantas paralisou um de seus Airbus A380 por causa das micro-fissuras na asa do Superjumbo, sem contudo, prejudicar a segurança dos voos.