A S&P Global revisou a perspectiva do rating BB- do Brasil, de “estável” para “positiva”. Em comunicado nesta quarta-feira (14), a agência diz que a perspectiva reflete uma certeza maior de que uma política monetária e fiscal estável possa beneficiar “as perspectiva ainda baixas de PIB do Brasil”.

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Segundo a empresa, o crescimento continuado da economia, mais o arcabouço fiscal que se desenha, podem levar a um endividamento menor que o esperado do governo, o que poderia apoiar a flexibilidade monetária e sustentar a posição externa líquida do País.

Para a S&P, esses fatos poderiam reforçar sua visão de “resiliência” do arcabouço institucional do País, com formulação de política estável, baseada em freios e contrapesos “extensivos” nos três poderes.

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A agência diz, porém, que poderia revisar a perspectiva a estável, dentro de dois anos, se houver um arcabouço político inadequado ou implementação fraca, que resulte em crescimento econômico limitado, levando a mais deterioração fiscal e a um endividamento maior que o previsto. Isso poderia afetar também o investimento estrangeiro direto e, portanto, enfraquecer a posição externa líquida “forte” do Brasil.

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Por outro lado, o rating poderia ser elevado dentro de dois anos, caso as instituições do País sejam capazes de implementar uma política econômica “pragmática”, que contenha vulnerabilidades nas finanças públicas e abra espaço para mais crescimento.

— Crucial para isso é a aprovação de reformas adicionais – entre elas uma reforma tributária atualmente em debate — avalia.

*Por Gabriel Bueno da Costa e Mateus Fagundes, Estadão Conteúdo.

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