O queniano James Kipsang e a etíope Yimer Wude Ayalew foram os vencedores da 84ª edição da Corrida de São Silvestre, prova que marcou a despedida do brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.

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Apesar da participação discreta dos atletas da casa na prova masculina, as mulheres foram bem e conseguiram quatro lugares no pódio. Ayalew venceu a prova feminina, com 51min37seg. A atleta assumiu a liderança no nono quilômetro, deixando para trás Sara Ramadhani, da Tanzânia.

A etíope imprimiu um ritmo forte e surpreendeu ao terminar na frente do Kipsang. Ayalew foi a segunda corredora de seu país a vencer a São Silvestre. A pioneira foi Derartu Tulu, campeã em 1994.

O destaque brasileiro foi Fabiana Cristine Silva, que terminou em segundo lugar e teve a companhia de mais três compatriotas no pódio: Marily dos Santos, Edielza Alves do Santos e Luzia de Souza Pinto.

Entre os homens, Kipsang assumiu a liderança no nono quilômetro e administrou a vantagem até o final da corrida. O queniano completou os 15.000m em 44min44s, seguido pelos compatriotas Evans Cheruyot e Mutai Koech. O resultado garantiu ao Quênia a hegemonia na prova. O país africano soma agora 11 triunfos, contra dez dos anfitriões.

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O Brasil não teve representantes no pódio, ao contrário da edição de 2007, quando Anoé dos Santos Dias e Marildo José Barduco terminaram entre os cinco primeiros. O mineiro Franck Caldeira, campeão da São Silvestre em 2006, abandonou aos 10 quilômetros.

Despedida

A prova marcou a despedida das pistas do brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. Ele fez uma corrida discreta, mas manteve o sorriso no rosto, saudando a torcida, e cruzou a linha de chegada fazendo o tradicional aviãozinho.

– Estou bastante feliz. Foi bonito sair pela porta da frente, sendo aplaudido e admirado por tudo que eu fiz. Obrigado ao Brasil e à minha família. Feliz Ano-Novo! – afirmou Vanderlei Cordeiro, em entrevista ao globoesporte.com

O ponto alto da carreira do maratonista foi a competição em Atenas, quando liderou até os quilômetros finais. No entanto, perdeu a chance de lutar pelo ouro ao ser derrubado por um fanático religioso irlandês. Apesar do susto, Vanderlei conseguiu terminar a maratona em terceiro lugar e ainda recebeu a medalha Pierre de Coubertin do Comitê Olímpico Internacional (COI).

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