O crescente número de casos de mpox na República Democrática do Congo (RDC) acendeu um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). A ascensão da doença acontece há mais de dois anos, mas vem se agravando ao longo dos últimos meses em razão do uma mutação que levou à transmissão de pessoa para pessoa. Também houve a notificação de casos suspeitos na província de Kivu do Norte.

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A mpox é transmitida por contato próximo entre indivíduos ou com animais infectados e é considerada endêmica na África Central e na África Ocidental, com duas cepas diferentes, desde a década de 1970. Entre 2020 e 2023, se espalhou rapidamente pelo mundo, com milhares de casos ligados à variante da África Ocidental relatados em mais de 110 países.

Na semana passada, a OMS considerou convocar o comitê de emergência da entidade para avaliar o cenário de surto.

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“À medida em que uma variante mais mortal da mpox se espalha por diversos países africanos, a OMS, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África, governos locais e parceiros intensificam suas respostas para interromper a transmissão da doença”, escreveu Tedros Adhanom, diretor da OMS, em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

Maior letalidade de nova variante

Há dois meses, a OMS chegou a alertar para uma variante mais perigosa da mpox, a 1b. Na África Central, a taxa de letalidade chega a ser de mais de 10% entre crianças pequenas, enquanto a variante 2b, que causou a epidemia global de mpox em 2022, registrou taxa de letalidade de menos de 1%.

Em junho, a entidade contabilizava mais de 95 mil casos confirmados da doença em 117 países, além de mais de 200 mortes.

Outro motivo de preocupação, segundo a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF), é que a doença foi registrada em acampamentos de pessoas deslocadas em torno da cidade de Goma, em Kivu do Norte, onde a extrema densidade populacional torna a situação ainda mais crítica.

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Vacina

A RDC já validou pelo menos duas vacinas contra a mpox mas, no momento, nenhuma das doses está disponível, segundo o MSF.

A organização humanitária destaca que a epidemia de mpox na RDC se espalha em áreas com realidades demográficas e geográficas, muitas vezes, diferentes. Por isso, a resposta deve ser multissetorial e adaptada a cada contexto. 

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