O Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, localizado em Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina, negocia com as duas maiores companhias aéreas do país o início das operações no terminal, homologado em abril deste ano. Em agosto, a RDL Aeroportos, que administra o empreendimento, participará de reuniões com Tam e Gol para tratar efetivamente dos serviços.

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Enquanto isso, uma terceira empresa pode estar de olho em Jaguaruna. O governo de Santa Catarina divulgou na tarde desta terça-feira que o vice-presidente da Avianca, Tarcísio Gargioni, esteve no Centro Administrativo, em Florianópolis, para tratar dos projetos da companhia no Estado. Entre eles, um estudo de viabilidade para operar no Regional Sul.

O governo alega que fornecerá as informações técnicas e econômicas para embasar o estudo da Avianca. Porém, a assessoria de imprensa da companhia, que atualmente opera em Florianópolis e Chapecó, não confirma as negociações por Jaguaruna.

A RDL recebeu com surpresa a notícia da visita do vice-presidente da companhia ao governo do Estado. O gerente de operações da RDL, Fernando de Castro, soube do fato pela imprensa e se mostrou bastante satisfeito e otimista. No entanto, admite que em nenhum momento foi procurado pela Avianca para fornecer qualquer tipo de informação.

Depois da homologação do terminal junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em abril, a RDL trata diretamente com Tam e Gol, que frequentemente buscam informações sobre Jaguaruna junto à RDL. Na segunda quinzena de agosto, reuniões com as duas companhias podem selar algum acordo, mas ainda é cedo para falar em eventuais destinos e valores das passagens.

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A RDL oferecerá benefícios tarifários, inclusive isenções de taxas cobradas pelo aeroporto, à primeira companhia que se instalar no local.

– Se realmente tem mais uma companhia interessada, no caso a Avianca, é uma prova de que o nosso aeroporto tem total viabilidade -, diz o gerente de operações da RDL.

Atualmente, o aeroporto de Jaguaruna recebe apenas voos executivos, particulares e oficiais, numa média de 150 passageiros por mês. Quando as operações regulares forem iniciadas, a proposta é embarcar até 90 mil passageiros no primeiro ano, 350 mil entre o terceiro e o sexto ano e um milhão de pessoas a partir do oitavo ano.