O aeroporto de Joinville registrou crescimento de 0,3% no número de passageiros de janeiro a setembro deste ano em relação a igual período do ano passado. Parece pouco, mas comparado ao cenário nacional, foi um bom resultado. Em todo o País, a média de passageiros nos primeiros nove meses apresentou queda de aproximadamente 5%, informou o superintendente do Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, Rones Rubens Heidemann.
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O motivo, segundo ele, é a redução da desconfiança em relação a embarques e desembarques em Joinville, como reflexo dos investimentos feitos nos últimos dois anos. Apenas nos últimos dois anos, foram R$ 26 milhões.
– Ainda temos evasão mas está diminuindo. Cada instrumento que chega aumenta a confiabilidade – afirma.
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E os investimentos continuam. Neste mês, o aeroporto comemorou mais uma conquista. Desde o último dia 13, as aeronaves terão a opção de pouso por instrumentos na cabeceira 15 (ponta da pista), caso as condições de vento não permitam o pouso na outra cabeceira, 33. Até então, na cabeceira 15 a operação era visual e somente durante o dia.
– De cada 10 aeronaves que não podiam pousar na cabeceira 33, pelo menos sete vão conseguir pousar na cabeceira 15. Do ponto de vista de ganho operacional, esta melhoria só perde para o ILS – afirma Heidemann.
As cabeceiras ficam em lados opostos, assim, a direção do vento em uma é o oposto da outra. Como a aeronave sempre pousa contra o vento, quando a cabeceira 33 não estava em condições adequadas, o piloto se dirigia para 15, mas só em algumas situações. Com o pôr do Sol, por exemplo, era proibido descer na outra ponta da pista e a aeronave tinha que ir embora.
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A limitação foi resolvida com a elaboração do procedimento RNAV, uma espécie de mapa que a aeronave segue durante toda a rota, desde a decolagem até o pouso. O RNAV é baseado no Sistema de Navegação por Satélite (GNSS), compatível com as novas tecnologias a bordo das aeronaves.
A carta de aproximação por instrumentos já existia para cabeceira 33 e agora a Infraero a disponibilizou para a outra ponta da pista. Trata-se de um trabalho técnico, que não envolveu recursos financeiros.
– O Cindacta 2 elaborou o procedimento, que foi testado e aprovado pelo Decea – explica o superintendente.
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Até o final do ano, a Infraero deve fazer o anúncio oficial de outro projeto, o complexo logístico para o terminal aéreo. A ampliação contempla o aumento da pista para o sentido da Baía da Babitonga, embarque e desembarque de cargas, setor aduaneiro e hotel. O projeto ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Confira as melhorias no aeroporto nos últimos dois anos:
(Investimentos da Infraero)
PCN (Pavement Classification Number)
O que é – avaliação da resistência da pista, que permite receber aeronaves com maior capacidade de passageiros e de cargas. Classificação PCN aumentou de 33 para 51 Anúncio – 2014
Investimento – R$ 200 mil
ILS
O que é – instrumento de auxílio à navegação que facilita o pouso das aeronaves em condições de mau tempo
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Início da operação – julho de 2014
Investimento – R$ 10 milhões
Sistema ELO
O que é – sistema que estabelece a ligação com a aeronave a partir de uma passarela em solo. O corredor apresenta duas opções para chegar à porta do avião: por escada ou por um elevador, com capacidade para 225 kg, destinado ao uso de cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida, além de propiciar maior conforto e segurança a todos os passageiros, especialmente em dias de chuva.
Conclusão – novembro de 2014
Investimento – R$ 4,2 milhões
Desapropriações
Em andamento, sendo que as mais importantes para os planos de curto e médio prazos já foram realizadas
Investimento até 2015 – valores não foram fechados, mas ultrapassam os R$ 10 milhões
Grooving
O que é – ranhuras na pista. O grooving amplia o coeficiente de atrito entre a pista e os pneus da aeronave e, em dias de chuva, aumenta o escoamento da água, garantindo também a segurança nas operações de pousos e decolagens em condições climáticas adversas.
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Conclusão – abril de 2016
Investimento – R$ 1,63 milhão
Ampliação da sala de embarque
Entre as melhorias o aeroporto aumentou de dois para três portões de embarque, um para cada companhia aérea
Conclusão da última etapa – 2016
Investimento – R$ 300 mil
Procedimento RNAV – cabeceira 15
O que é – procedimento para operação por instrumentos compatível com tecnologias modernas das aeronaves. Possibilita pouso diurno e noturno.
Início da operação – 13 de outubro de 2016
Investimento – sem custos financeiros
Os números do aeroporto:
Pousos e decolagens/dia
Tam – 4
Azul – 3
Gol – 2
Passageiros
Capacidade – 800 mil /ano
Em 2015: 519 mil
Destinos
Aeroportos de Guarulhos, Campinas e Congonhas
Operação nas cabeceiras
Cabeceira 33
ILS
RNAV
RNPAR
Cabeceira 15
RNAV