Em junho, logo no início do próximo inverno, já estará funcionando no Aeroporto de Joinville uma arma contra o mau tempo, principal vilão do terminal. A chegada do ILS (Instrument Landing System), sistema que auxilia a navegação aérea em situações de mau tempo, ao Lauro Carneiro de Loyola pôs fim a uma ansiedade de décadas.
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– É uma vitória. Quando comecei a trabalhar no Aeroporto de Joinville, em 1987, já se falava em ILS -, conta o superintendente da Infraero no terminal, Rones Heidemann, que comemora o início de uma nova fase para o terminal.
Dois caminhões transportaram o equipamento do Porto de Itapoá até Joinville. O navio que trouxe as peças da Alemanha, onde está o fabricante Thales ATM GMBH, atracou no último dia 5.
Desde então, a carga passou por desembaraço alfandegário para receber a liberação de entrada no País. Todo o sistema está em um contêiner, onde estão guardadas as peças, e duas grandes caixas, que protegem os shelters, estruturas nas quais o equipamento será instalado. Ao fim do processo de instalação, cada uma das duas pontas da pista terá um shelter com equipamentos do ILS.
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As peças serão montadas por uma equipe da fabricante a partir de 4 de março. Paralelamente, um grupo de técnicos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) acompanhará os trabalhos e fará testes para homologar o sistema em até 90 dias.
Será um trabalho entre a Aeronáutica, a Infraero e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável pela homologação do sistema. Neste período, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (Geiv) deverá fazer voos-teste. Depois de todos os procedimentos, é expedido um Notam (alerta para pilotos informando sobre o funcionamento do ILS).
A operação do equipamento vai permitir aproximações com teto de 60 metros e contato visual com a pista a partir de 1,2 mil metros. Isso fará com que as aeronaves pousem em condições de pouca visibilidade e reduzirá o número de cancelamentos de voos.
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– O que a Infraero e o Aeroporto de Joinville podiam fazer para agilizar as operações com a vinda do ILS já está feito. Agora, continuaremos trabalhando para alcançar outros objetivos, como a ampliação do terminal e a homologação para operar com sistema RNP AR (leia mais ao lado) -, explicou Heidemann.
As obras para viabilizar a instalação do equipamento no aeroporto joinvilense começaram em junho de 2012 e custaram cerca de R$ 3 milhões. O sistema fornece orientações precisas à aeronave sobre a posição da pista, baseado na transmissão de sinais de rádio que, ao serem recebidos, são armazenados nos instrumentos de bordo do avião.
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