O Aeroporto Internacional de Florianópolis ficou em 12º entre 20 dos principais aeroportos do país listados na última edição do ranking da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que avalia práticas de sustentabilidade.

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Trata-se da terceira edição anual do programa Aeroporto Sustentável, que tem submissão voluntária dos participantes e contou agora com 32 critérios de avaliação, com pesos diferentes entre si, para reconhecer e disseminar boas práticas de gestão ambiental.

Entre os temas avaliados estão o controle de resíduos, o ruído aeronáutico, a qualidade do ar, o uso de recursos hídricos e de energia elétrica, a gestão organizacional, além do acompanhamento da emissão de gases de efeito estufa (GEEs) e da adaptação às mudanças climáticas.

A lista divulgada na última quarta-feira (16), que só tem um representante de Santa Catarina, foi referente às práticas adotadas em 2021. No ranking do ano anterior, o aeroporto Hercílio Luz, operado pela Zurich Airport Brasil, havia sido o 15º de 16 avaliados. Já em 2019, foi o 13º de 23 listados.

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A iniciativa divide os avaliados de acordo com o número de passageiros que cada um recebe anualmente. O aeroporto de Florianópolis está entre os que registraram de 1 milhão a 5 milhões de viajantes no ano passado, no chamado grupo C-3.

O ranking ainda atribui o título de Primeira Classe aos aeroportos que tiveram pontuação superior à média de seu grupo. Já os que ficaram abaixo ganham o selo Classe Executiva, caso do aeroporto de Florianópolis, que somou 64,10%. O cálculo exclui aeroportos com pontuação menor que 25%.

A média de seu grupo ficou em 65,77%, puxada pelo Aeroporto Internacional de Belém, que pontuou 83,03% e ficou em quinto na colocação geral. O líder entre todos os listados foi o Aeroporto Internacional de Salvador, pela terceira vez seguida, com 97,04%.

Pesaram sobre a nota do aeroporto Hercílio Luz não possuir um plano de adaptação às mudanças climáticas nem monitorar a qualidade do ar local, medidas identificadas no aeroporto de Salvador, por exemplo.

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O aeroporto de Florianópolis ainda declarou ao questionário que baseia o ranking da Anac não ter uma meta de redução do ruído aeronáutico nem uma política ambiental registradas até então.

À reportagem, a Zurich Airport Brasil destacou o seu desempenho entre os cinco participantes do grupo C-3, no qual ficou em segundo, e disse atuar em várias frentes para tornar o aeroporto mais sustentável.

A empresa listou iniciativas em gestão de resíduos, tendo como meta chegar a 90% de desvio de aterro até 2025, de energia elétrica e hídrica, com instalações no aeroporto que oferecem eficiência nestes quesitos, além de ter captação e tratamento de água da chuva para reutilização.

A administradora destacou ter recebido um prêmio do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI, na sigla em inglês), o Green Airport Recognition, por ter desenvolvido um programa que mapeia emissões de carbono.

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A meta agora, segundo a gestora, é avançar no Airport Carbon Accreditation, uma certificação da ACI sobre redução e gerenciamento de emissões atmosféricas —cinco aeroportos brasileiros já contam com ela.

O setor aéreo tem tido uma preocupação crescente com práticas socioambientais no mundo todo, principalmente devido ao seu histórico de uso de combustíveis fósseis, que, ao emitirem gases poluentes, intensificam o efeito estufa, fenômeno responsável por aquecer o planeta.

O aumento desordenado da temperatura global é fator causador das mudanças climáticas, que impõem consequências a todos os setores econômicos, incluindo a aviação, e mobilizam empresas, além de governos, por medidas de mitigação e adaptação.

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