O Aeroporto Internacional de Florianópolis pode receber, armazenar, nacionalizar e liberar vacinas contra a Covid-19. O terminal já possui a Autorização de Funcionamento (AFE), concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e tem câmaras frias e armazéns, podendo receber imunizantes cobiçados pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e pelo governo do Estado.
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A AFE permite que o aeroporto receba esse tipo de carga sanitária mediante a comprovação de requisitos técnicos. Segundo a Floripa Airport — que administra o terminal —, suas câmaras frias e armazéns podem receber cargas com temperatura entre 15° a 22°C, 2° a 8°C e para temperaturas negativas de até -18°C.
No caso das vacinas que precisam ficar em temperatura negativa abaixo de -70°C, como os imunizantes já chegam acomodados em equipamentos com gelo seco, o Aeroporto de Floripa tem infraestrutura adequada para a armazenagem. É o caso da vacina da Pfizer, já em uso em locais como o Reino Unido e os Estados Unidos.
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Além disso, o terminal de cargas do aeroporto possui área coberta preparada para receber equipamentos Envirotainer, uma espécie de container que permite o controle de temperatura.
A corrida pela chegada de uma vacina em Santa Catarina tem dois atores principais: a Fecam e o governo do Estado. Através de nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que tem como base o Plano Nacional de Imunização, dessa maneira os insumos serão recebidos diretamente pelo Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição das vacinas.
“Dessa maneira, o fato de a Floripa Airport Cargo estar apta para a importação de vacinas não altera, neste momento, o plano estadual”, diz o Estado.
Já no caso da Fecam, por enquanto a única vacina negociada pela entidade é a CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan em São Paulo. Como a compra seria feita do instituto paulista, o uso da importação em Florianópolis também não seria necessário. A Fecam busca também negociações com o governo do Paraná para tentar viabilizar a compra de doses da vacina Sputnik V, da Rússia.
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Ocorre também, porém em negociações ainda iniciais, uma possibilidade de testes em Santa Catarina de uma vacina desenvolvida na Itália. O imunizante ainda está nas primeiras fases de testes, mas há uma negociação com o governo catarinense e com a UFSC para que os testes das novas fases ocorrem também em SC. Neste caso a estrutura na Capital poderia facilitar a importação.
*Correção: ao contrário do informado até as 22h26, o Aeroporto de Florianópolis já tem a Autorização de Funcionamento (AFE), da Anvisa, e não recebeu essa autorização nesta terça-feira (22). O aeroporto também não importa vacinas. A informação no título e no texto foi corrigida. Além disso, o aeroporto não tem câmaras frias para armazenar vacina abaixo de -70°C, como sugeriu inicialmente o texto, mas tem infraestrutura para receber os produtos, que já chegam acomodados em equipamentos com gelo seco. A informação também foi corrigida no texto.
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