O acidente com queda de aeronave ocorrido na tarde de domingo (28) em São Francisco do Sul e que deixou duas pessoas mortas envolveu um girocóptero. Este tipo de aeronave é considerada uma das mais seguras do mundo por conta do seu funcionamento.
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Com espaço compacto, hélices e motor, o girocóptero pode até lembrar um helicóptero, mas funciona de forma diferente. O voo deste tipo de aeronave é sustentado por asas rotativas, que são independentes do motor, enquanto o impulso é dado pela hélice convencional, esta sim movida pelo motor, explica a Associação Brasileira de Pilotos de Aeronaves Leves (Abul).
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Os girocópteros são considerados as aeronaves mais seguras do mundo pois, em caso de pane, o rotor principal continua girando e o piloto pode pousar suavemente, aponta o Aeroporto Gaúcha do Norte.
Ainda de acordo com a Gaúcha Norte, o girocóptero é fácil de pilotar, simples, leve e com custo de manutenção baixo. Apesar das facilidades de manter uma aeronave como esta, é necessário ter habilitação para manobrar um girocóptero.
O acidente com girocóptero
A aeronave caiu em São Francisco do Sul na tarde de domingo e pegou fogo ao atingir o solo. As duas pessoas que morreram no acidente foram identificadas como Eliseu Hupalovski, de 60 anos, e Rogério Jair Raulino, de 55. Os dois eram apaixonados pela aviação e tinham nas redes sociais uma série de fotos em voos.
O piloto era o experiente Eliseu. Paranaense de nascença, ele morava há quatro meses na cidade catarinense onde ocorreu a queda da aeronave. Eliseu atuava há anos como piloto, tendo vídeos publicados nas redes sociais há pelo menos dez anos. “De forma triste, mas ele morreu fazendo o que mais amava: voar. Uma amizade de 28 anos. Descanse em paz”, publicou uma amiga de Eliseu nas redes sociais.
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O acidente que os matou ocorreu a cerca de três quilômetros de distância do aeroporto da cidade. Havia bastante neblina no momento da queda, segundo relatos de testemunhas. Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) devem apurar o que pode ter provocado a queda.
— Caiu de repente, na terceira volta. Estavam girando na região. Vi ele caindo e vim correndo, veio o pessoal correndo, mas não pudemos fazer nada. Sorte que não atingiu as casas — relatou Pedro João dos Santos Filho, morador da Rua Grécia, no bairro Ubatuba.
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