Parte dos aeronautas (pilotos, copilotos e comissários de voo) e dos aeroviários (funcionários das empresas em terra) rejeitaram a proposta das companhias aéreas em assembleias realizadas nesta sexta-feira, e anunciaram estado de greve. Conforme o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), será feira uma nova negociação com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) no dia 18, e, se não houver acordo, haverá paralisação a partir do dia 20.

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O Sindicato dos Aeroviários em Porto Alegre também fez assembleia, rejeitando a proposta dos patrões. Solicitam aumento de 8%, além de melhoria nos benefícios, enquanto as empresas oferecem reajuste de 7%. Conforme a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a proposta não será revisada. O reajuste foi aceito por aeronautas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Amazonas, informa a Abear. O SNEA não se posicionou.

Os aeroviários prometem uma ação no Aeroporto Salgado Filho na próxima segunda-feira, às 18h, diante do balcão da TAP, explicando sua reivindicação aos passageiros. Conforme o Sindicato dos Aeroviários, na semana que vem haverá mutirões para remarcar passagens de quem optar por mudar a data da viagem e escapar de uma eventual greve.

As ameaças de paralisação dos funcionários de empresas aéreas em final de ano, quando há grande movimento nos aeroportos, não são novas. Em 2012, os sindicatos programaram paralisação, mas abortaram em razão de determinação da Justiça para que 90% dos serviços fossem mantidos. Ainda assim, houve manifestações em parte dos aeroportos.

No ano anterior, uma greve dos aeroviários do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, causou atrasos e cancelamentos de voos em Porto Alegre. Na Capital, não houve greve em razão de determinação judicial para que 80% dos trabalhos fossem mantidos.

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