O Sindicato Nacional dos Aeronautas e o Sindicato Nacional dos Aeroviários poderão iniciar, nesta quinta-feira, uma “operação de não-colaboração”. As duas entidades aguardam para esta tarde uma nova proposta das companhias aéreas na rodada de negociações salariais. O encontro será com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).
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Caso seja iniciada a operação, a perspectiva é de que haja atrasos nos voos, pois os trabalhadores deverão seguir estritamente as regras de seus manuais, sem acelerar procedimentos para minimizar a sobrecarga provocada pelo aumento de demanda nessa época do ano.
Entre os itens previstos na chamada “operação de não-colaboração” está a recusa dos aeroviários de fazer hora extra e dobrar escala. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, outro item prevê que um mecânico não ficará responsável por mais de uma aeronave ao mesmo tempo. Ela disse que hoje é comum que esses profissionais acumulem operações simultâneas em até três aviões.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Gelson Fochesatto, considerou “uma provocação” a proposta das companhias de mudar a data-base das categorias de 1º de dezembro para 1º de abril.
– É inaceitável essa proposta. Isso é um atentado à dignidade dos trabalhadores”, declarou. “Decidimos cumprir estritamente os manuais. Não fazíamos voos inseguros, mas acelerávamos processos.”
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Os aeronautas são os profissionais que tripulam os voos (comissários, pilotos e co-pilotos) e os aeroviários são aqueles que atuam em solo, como mecânicos e pessoal de check-in.