O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que reúne pilotos, copilotos e comissários, aceitou na tarde desta quinta-feira a proposta salarial das empresas aéreas, afastando a possibilidade de greve nacional da categoria neste fim de ano.

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Três regionais do sindicato – Rio, Brasília e Belém – já haviam aceitado a oferta das companhias, mas dependiam da assembleia dos trabalhadores de São Paulo, que respondem pela maior parte da categoria.

O secretário-geral do SNA, Sérgio Dias, disse que a decisão dos aeronautas paulistas foi a de aceitar a última proposta apresentada ontem pelo Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), de aumento salarial de 6,5%.

Segundo ele, o avanço na reposição salarial foi pequeno, com margem de apenas 0,33% acima da inflação, mas Dias ressaltou que houve melhoria importante no aumento de 10% do piso salarial das categorias, mesmo percentual aplicado ao auxílio-alimentação e às cestas básicas. Na opinião do sindicalista, o acordo beneficia principalmente os funcionários de empresas menores, que têm menos força de reivindicação.

– Foi o possível, a expectativa era maior. Poderia ter sido melhor, com um pouco mais de mobilização e sensibilidade dos patrões. Houve crescimento no setor e os trabalhadores contribuíram bastante para isso – disse Dias.

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A assinatura do acordo por parte dos aeronautas deve ocorrer ainda hoje, na sede do Snea, no Rio.

A proposta das empresas também contempla os aeroviários, que trabalham em terra. Para a categoria, a decisão sobre a paralisação deve ser decidida em assembleias que estão em andamento. Em Porto Alegre, o sindicato está reunido no aeroporto Salgado Filho.