O pré-candidato à presidência da República, Aécio Neves (PSDB) admitiu nesta segunda-feira a possibilidade de “conversar” com o ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles (PSD), sobre a vaga de vice na chapa encabeçada pelo tucano para a corrida presidencial.
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Porém, segundo Aécio, essa negociação só ocorreria caso o partido de Meirelles deixe a base do governo federal e o provável apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O ex-presidente do BC é cotado para disputar o Senado pela direção da legenda.
– Não dou sinais que depois não possam ser correspondidos. O Meirelles é um nome extremamente qualificado, que o Brasil inteiro respeita, mas o que vejo hoje é que seu partido tem um compromisso com a presidente da República. Se isso mudar, vamos conversar – declarou o senador.
– Sempre tenho uma posição de respeitar muito os partidos políticos que atuam em outro campo. Tanto o PSD quanto alguns outros partidos cogitados para estarem ao nosso lado têm uma aliança ao menos anunciada com o governo federal. Cabe a mim respeitar essa aliança – acrescentou o presidênciavel.
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O tucano lembrou também que o partido comandado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab integra a base de apoio ao governo de Minas, comandado por mais de 11 anos pelo PSDB e hoje sob gestão de Alberto Pinto Coelho (PP), aliado do tucanato no Estado, e deve participar da coligação em torno da candidatura do ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB) ao Executivo estadual.
– Fico muito feliz de o PSD estar aqui ao nosso lado, junto com outras forças políticas, mas vamos aguardar que as coisas avancem (no plano federal) – disse Aécio.
As afirmações foram feitas em evento para a confirmação oficial da chapa que disputará o governo de Minas que, além de Pimenta, terá o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, deputado estadual Dinis Pinheiro (PP), como candidato a vice e o ex-governador e também tucano Antonio Anastasia concorrendo a uma vaga no Senado.
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Este último deixou o cargo em abril para poder participar do pleito de outubro, mas também terá a função de coordenar a elaboração do plano de governo da candidatura de Aécio. Já Dinis Pinheiro, que foi eleito pelo PSDB, mas trocou a trocou a legenda pelo PP em outubro passado após perder disputa interna para ser o candidato tucano ao governo.
Pacto de não agressão
Após o evento, Aécio salientou também que vai “honrar” acordo com o PSB comandado pelo ex-governador Eduardo Campos (PE), que também participará da disputa presidencial em outubro. O tucano e o socialista firmaram uma espécie de “pacto de não agressão” e de aliança em seus respectivos Estados, mas os integrantes do Rede Sustentabilidade que integram o PSB mineiro descartam o apoio a Pimenta da Veiga e o médico ambientalista Apolo Heringer pretende disputar a convecção socialista para ser o candidato do partido ao governo de Minas.
– Temos que respeitar os outros candidatos. Eu não mudarei minha estratégia. Os entendimentos, os acordos que firmei, pelo menos da minha parte, serão honrados – disse Aécio.
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