O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, defendeu nesta sexta-feira a redução da maioridade penal para casos de crimes hediondos. Aécio visitou a comunidade de Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro, onde assistiu a apresentações de dança e música na sede da ONG Afro Reggae e conversou com moradores.
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Segundo Aécio Neves, a redução da maioridade penal para crimes hediondos “pode sinalizar um caminho para a diminuição da impunidade. Estamos falando de casos gravíssimos, crimes hediondos significam 1% do total de jovens que cometem algum delito. Mas essa não é a solução, é uma questão paliativa. A solução é a educação, é a oportunidade, é fazer o Brasil crescer”.
Entre as propostas de Aécio estão iniciativas de reinserção de egressos do sistema penitenciário e oportunidades de trabalho e renda para os jovens. Ele citou um projeto de Minas Gerais que pretende levar para todo o país, caso seja eleito, que oferece uma poupança para jovens do ensino médio, a qual pode ser resgatada, ao final do terceiro ano, se o jovem tiver uma frequência mínima na escola, participar de oficinas de capacitação e não cometer nenhum crime.
Na saída do restaurante popular onde almoçou, Aécio comentou o pacote divulgado pelo Banco Central, que visa a incentivar os bancos a transformarem em crédito ao consumidor valores que estavam retidos como depósitos compulsórios. Ele classificou a medida como “um improviso”.
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– Como não houve planejamento e o Brasil não conseguiu manter um mínimo de credibilidade para que os investimentos retornassem, essas medidas paliativas e emergenciais podem ter um custo alto lá na frente – disse.
Sobre economia, o candidato disse que o país precisa recuperar a credibilidade.
– O Brasil é hoje um país com enorme desconfiança dos investidores internos e externos pelo excessivo intervencionismo do Estado em setores fundamentais da economia, como o setor energético e o de petróleo. Temos que estabelecer regras claras. Previsibilidade é a palavra na economia.
De acordo com ele, “é preciso adotar um novo modelo, baseado na meritocracia, no Estado enxuto e eficiente”.