Ao cumprir agenda em Curitiba (PR) na tarde desta segunda-feira, o candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) definiu a presidente Dilma Rousseff (PT), que briga pela reeleição, como uma “candidata à beira de um ataque de nervos”.
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Ele aproveitou a passagem pela capital paranaense, que durou cerca de duas horas e meia, para colar sua imagem à do governador reeleito Beto Richa (PSDB) e ampliar a margem de eleitores no Estado – que é considerado um reduto tucano. Lá, Aécio obteve 49,79% dos votos válidos na votação de 5 de outubro, contra 32,54% de Dilma.
Os coordenadores da campanha do ex-governador de Minas Gerais acreditam que o índice pode crescer no segundo turno. Militantes e líderes do PSDB lotaram um centro de eventos para prestigiar o mineiro e ajudar na mobilização.
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– A candidata oficial não tem sequer um programa para apresentar para o Brasil. Qual será sua política econômica? Essa mesma que fracassou? Será que ela tem capacidade para resgatar a credibilidade perdida pelo Brasil? Eu acho que não. Infelizmente, o que estamos assistindo é uma candidata à beira de um ataque de nervos que, indiretamente, volta a fazer aquilo que sempre fez. Mas comigo os ataques não vai pegar. Eu vou enfrentar o governo – afirmou Aécio, durante coletiva de imprensa.
Ao lado de Beto Richa, do senador reeleito pelo Paraná Álvaro Dias (PSDB) e de José Serra (PSDB), que conquistou uma vaga ao Senado por São Paulo, Aécio fez questão de agradecer aos paranaenses pelo apoio e prometeu “reconciliar o governo federal com o Paraná”.
O tempo todo, teceu críticas à adversária e à sua gestão – que, segundo ele, transformou o Brasil em “um cemitério de obras inacabadas”. Mais tarde, foi questionado sobre a acusação feita por Dilma, segundo a qual ele e seus aliados estariam tentando “dar um golpe” ao utilizar as suspeitas na Petrobras de forma “eleitoreira”. Aécio rebateu:
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– O golpe é da democracia.
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Ele voltou a falar sobre a importância do apoio recebido de Marina Silva (PSB) e garantiu que ela “não pediu nada em troca”. Sobre as críticas do presidente do PSB, Roberto Amaral, a respeito da aproximação entre os dois, evitou polemizar. Disse apenas que se trata da “opinião dele” e fez elogios à ambientalista, que recebeu mais de 20 milhões de votos no primeiro turno.
– Foi uma decisão dela. Obviamente não era consenso no seu entrono, mas foi uma decisão dela, corajosa, a favor do Brasil. Eu estaria ao lado de Marina, não tenho a menor dúvida, se o resultado fosse diferente. Tenho certeza de que a população brasileira saberá compreender a importância desse e de outros apoios – concluiu.
Por volta das 15h, Aécio seguiu para São Paulo, onde havia a possibilidade de um encontro pessoal entre os dois. Ele deve permanecer na capital paulista até terça-feira, quando participa de um debate na TV Band.
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